Novo curso chamado “Culinária Saudável” mostrará praticamente comuns alimentos saudáveis. Equipe, limpeza, cozinha, horto, cumbucas, forno, sala, espera, rampas, andares, universidade estatal, projeto “MeNu”, Disciplina Atenção Integral à Saúde Adulto, professores médicos, nutricionistas, universidade de ciências aplicadas, recepção, cozinha quente, café, biscoitos. Prevalência sobrepeso, obesidade, insegurança alimentar, risco crônicas doenças, não transmissíveis. Endocrinologista, Lancet Institute, métricas avaliação saúde.
ARAGUARI – A equipe prepara receitas tradicionais da Culinária Mineira, enquanto discute sobre os benefícios da alimentação saudável para a Medicina. Empilham tigelas com temperos regionais na bancada. No forno, o aroma de pão de queijo recém-saído contagia todos os cantos. A cozinha, com seu fogão à lenha, transporta os visitantes para uma fazenda típica do interior.
No balcão, uma pilha de livros antigos de Medicina revela receitas medicinais antigas. Enquanto preparam um caldo de galinha, os cozinheiros comentam sobre a importância da alimentação balanceada para a saúde. A sinergia entre a Culinária e a Medicina fica evidente quando eles mencionam a influência dos ingredientes naturais na prevenção de doenças.; A estrutura rústica do local cria uma atmosfera acolhedora e convida os visitantes a experimentarem novos sabores.
Culinária e Medicina: A Importância da Alimentação na Saúde
A Culinária e Medicina se encontram de forma inusitada nas aulas do Projeto MeNu, integrado à disciplina de Atenção Integral à Saúde do Adulto na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Diferente do que se poderia esperar, não são alunos de Gastronomia ou Nutrição que ocupam a bancada, mas sim futuros médicos em formação.
Essas aulas são coordenadas pelos renomados professores Lício Velloso e Bruno Geloneze, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), mas o destaque vai para as nutricionistas e professoras Ana Carolina Vasques e Caroline Capitani, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA). O ambiente da cozinha, tão familiar para muitos, se transforma em um espaço de aprendizado e conscientização sobre a importância da alimentação na saúde.
Ao adentrar a sala de aula, os estudantes são recebidos com uma calorosa acolhida, com uma térmica de café e biscoitos recém-saídos do forno. Enquanto se acomodam, os professores explicam a razão de estarem ali, destacando a grave situação de epidemias praticamente opostas que assolam o país: a obesidade e a desnutrição, aliadas à insegurança alimentar.
Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2021 apontam para altos índices de sobrepeso e obesidade na população brasileira, ao passo que a insegurança alimentar afeta milhões de lares. A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) alerta para o aumento do risco de doenças associadas ao excesso de peso.
Nesse contexto, a Medicina Culinária emerge como uma ferramenta fundamental na promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Estudos do Institute for Health Metrics and Evaluation, publicados na renomada revista The Lancet, apontam que melhorar a qualidade da alimentação poderia prevenir uma em cada cinco mortes no mundo.
A disciplina de Medicina Culinária, inserida na Medicina do Estilo de Vida, ganha relevância ao abordar como os hábitos alimentares impactam diretamente na saúde. Ainda que de forma incipiente no Brasil, essas aulas representam um passo importante na formação de profissionais de saúde conscientes da influência da alimentação no bem-estar dos pacientes.
Fonte: @ Estadão
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