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Eu sempre fui alguém que vivia em um mundo de drama, uma realidade que parecia nunca mudar. Tudo que eu fazia resultava em algum tipo de drama, e eu supunha que essa era a minha realidade. Era como se eu estivesse hipnotizado por esse ciclo de problemas e consequências, mas eu não havia notado o quanto eu estava preso a ele.
Depois de uma crise de abuso em álcool, eu comecei a perceber que o drama da minha vida estava relacionado ao meu vício. Eu estava preso em um ciclo de dependência, e o drama era apenas uma consequência da minha incapacidade de me controlar. Eu estava tentando me curar de um drama que, na verdade, era apenas uma manifestação de um vício. Eu precisava aprender a lidar com minhas emoções de forma saudável e não recorrer ao abuso em álcool como forma de escapar do drama. Eu sabia que eu precisava mudar, mas o caminho era difícil e cheio de obstáculos, mas eu estava disposto a lutar contra o vício e o drama que o acompanhava.
Dificuldades de Infância
Eu cresci em meio a um turbilhão de conflitos e embates, onde o drama era uma constante em minha vida. Nascido com o pé na porta, deixei marcas em meu corpo tão cedo quanto na mente de minha mãe. Meses de hospitalização marcaram o início de uma infância caótica, onde abraços e tapas eram tratados com igual frequência. O ambiente instável me forçou a me adaptar e a encontrar formas de sobreviver em um mundo onde a estabilidade era rara. Com o passar do tempo, aprendi a disfarçar minhas emoções atrás de um sorriso, uma forma de sobreviver em um ambiente onde o humor subversivo era a única forma de demonstrar amor. O drama se tornou minha forma de lidar com a dor, e eu me sentia mais vivo em meio àquela turbulência.
O Drama como Sobrevivência
Em uma jornada desesperada por calmaria e descanso, criei meus próprios dramas, meus próprios conflitos. Era uma forma de me conectar com o mundo ao meu redor, de sentir que ainda era uma parte relevante. Mas, na verdade, aqueles momentos intensos eram apenas uma distração, uma maneira de me esquecer da dor e da perda que me cercavam. Com o vício em álcool, drogas e jogo, o drama se tornou uma constante em minha vida, uma forma de lidar com as decepções e as perdas que eu sofria ao longo do caminho.
Infância Caótica
Aos 13 anos, fui forçado a confrontar a realidade de minha vida através de um ato desesperado. Fingi meu próprio suicídio, uma tentativa de escapar do caos e da dor que me cercavam. Mas, na verdade, estava apenas buscando um recomeço, uma chance de reiniciar e começar de novo. O hospital se tornou um refúgio para mim, um lugar onde podia expressar minha dor e minha raiva sem medo de julgamento. E foi lá que eu comecei a descobrir que, na verdade, o drama era minha forma de sobrevivência, uma forma de lidar com as emoções que me oprimiam.
Profissão de Drama
Depois da escola, o drama se tornou minha profissão. Trabalhei como ator, diretor e coreógrafo, sempre sob o estresse de criar algo novo e emocionante. Mas, ao mesmo tempo, estava começando a perceber que o drama não era apenas uma forma de entretenimento, mas uma forma de lidar com a dor e a disfunção profundamente enterradas dentro de mim. E foi quando conheci meu parceiro que as coisas começaram a mudar. Sua presença desencadeou uma onda de emoções que eu nunca havia experimentado antes, e eu comecei a entender que o drama não era apenas uma forma de sobrevivência, mas também uma forma de criação e expressão.
Fonte: @ Veja Abril
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