Cesta Básica: Índice IPCA – mudanças mensais (Banco Central); Inflação: projeções, Selic ritmo (autoridade monetária); Fed: Dallas, Chicago eventos, presidencial, dirigentes.
Uma semana repleta de decisões cruciais chega ao fim com a divulgação de um indicador fundamental. A inflação oficial de maio será revelada às 9h por aqui e pode influenciar as próximas ações do Copom, que permaneceram em aberto após a última reunião. No cenário internacional, novas declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) movimentam a sexta-feira (10).
Em meio a esse cenário de incertezas, os consumidores ficam atentos aos preços e à possível movimentação da taxa de juros básica definida pelo Banco Central. A expectativa é que a divulgação da inflação possa trazer mais clareza sobre as próximas medidas a serem tomadas pelo Copom e seu impacto na Selic.
Preocupações com a inflação em destaque
Na agenda local, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a abril. De acordo com a mediana das projeções de 40 instituições financeiras e consultorias consultadas pelo Valor Data, espera-se que o índice tenha registrado um aumento de 0,35% no último mês, após um avanço de 0,16% em março. As estimativas variam entre 0,21% e 0,40%, evidenciando a preocupação com a inflação.
O destaque para o IPCA ganha ainda mais relevância após a mudança de postura do Banco Central. A autoridade monetária vinha demonstrando apreensão com indicadores econômicos, especialmente do mercado de trabalho, que poderiam impulsionar a inflação. Nesse cenário, o ritmo de cortes da Selic pode ser afetado, como ocorreu na última reunião do Copom, com um corte de 0,25 ponto percentual, diferente dos 0,5 pontos percentuais anteriores.
Os investidores agora aguardam não apenas os dados de inflação, mas também informações sobre a economia brasileira para antecipar as próximas ações do BC. Enquanto isso, nos Estados Unidos, a atenção se volta para as perspectivas de juros, com destaque para as declarações dos dirigentes do Federal Reserve.
Hoje, a diretora do Federal Reserve, Michelle Bowman, participa de um evento às 10h, seguida pelas falas da presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, às 11h. Mais tarde, às 13h45, é a vez de Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, se pronunciar. Para encerrar, o vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve, Michael S. Barr, participa de um evento às 14h30.
Recentemente, alguns dirigentes do Fed descartaram a necessidade de aumentar os juros nos EUA, gerando otimismo. No entanto, o presidente do Federal Reserve de Mineápolis, Neel Kashkari, expressou preocupação com a possibilidade de que os juros não estejam em níveis suficientes para atingir a meta de inflação de 2%, o que gerou cautela.
Ontem, os novos pedidos por seguro-desemprego nos EUA atingiram o maior nível em nove meses, indicando um arrefecimento do mercado de trabalho e possíveis reduções nas pressões inflacionárias. Diante desse cenário, as declarações de hoje são aguardadas com atenção, pois podem fornecer insights importantes sobre o futuro da política monetária.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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