Política, negócios e entretenimento exclusivo: Gustavo Maia, Nicholas Shores e Ramiro Brites. Reforma tributária impede aproveitar crédito e deduzir impostos em benefícios de saúde. Sustentabilidade e complementaridade afetam acesso a exames no setor público e privado. COPOM projetou corte de Selic, esperada divisão entre membros do comitê. Lula defende corte maior. Externo: combate inflação importa 1 milhão de toneladas em prejudicadas obras.
A Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge) destaca que, ao restringir a possibilidade das empresas utilizarem o crédito proveniente das despesas com planos de saúde para abater os impostos devidos, a reforma tributária pode desencorajar a disponibilização desse benefício aos colaboradores. A discussão sobre a reforma tributária tem sido intensa, com diferentes setores da economia levantando preocupações e propostas para garantir que as mudanças sejam equilibradas e justas para todos os envolvidos.
Além disso, a necessidade de uma reforma fiscal tributária abrangente tem sido debatida no cenário político e empresarial, visando não apenas a simplificação do sistema, mas também a promoção da justiça fiscal. É fundamental que as medidas adotadas na reforma tributária levem em consideração o impacto direto e indireto sobre as empresas e a sociedade como um todo, garantindo um ambiente econômico mais favorável e equitativo para o país. A busca por um consenso em relação à reforma fiscal é essencial para promover um sistema tributário mais eficiente e transparente.
Impacto da Reforma Tributária no Setor de Saúde Suplementar
A proposta de reforma tributária apresentada recentemente tem gerado debates acalorados, especialmente no que diz respeito ao tratamento tributário dado ao setor de saúde. Segundo Gustavo Ribeiro, presidente da associação, o Brasil está seguindo um caminho oposto ao adotado por outros países, onde o setor de saúde é geralmente desonerado ou possui alíquota zero. Essa mudança pode ter um impacto significativo na sustentabilidade do sistema de saúde suplementar.
Nos últimos anos, o sistema de saúde suplementar tem enfrentado desafios financeiros, acumulando prejuízos operacionais na casa dos bilhões. A avaliação das operadoras é que o fim do crédito tributário com despesas com planos de saúde poderá agravar ainda mais essa situação, sobrecarregando o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzindo o acesso a serviços de saúde de qualidade.
Um estudo realizado pela Abramge revelou que a maioria dos brasileiros que possuem planos de saúde privados são beneficiários de coletivos empresariais, totalizando mais de 30 milhões de usuários. Essa parcela da população corre o risco de ter seu acesso aos serviços de saúde comprometido caso a reforma tributária não leve em consideração a complementaridade entre os sistemas público e privado.
A complementaridade entre os sistemas de saúde é fundamental para garantir que mais pessoas tenham acesso a um atendimento de qualidade. O presidente da associação ressalta a importância de se manter um equilíbrio entre os dois sistemas, a fim de assegurar que a população brasileira possa contar com um sistema de saúde eficiente e abrangente.
A recente decisão do Copom de cortar os juros em 0,25 ponto percentual também pode ter um impacto sobre o setor de saúde suplementar. A divisão entre os membros do comitê, indicados pelos governos passados e atual, reflete a complexidade das decisões econômicas em um cenário de incertezas e desafios. A importação de 1 milhão de toneladas de arroz devido a problemas nas safras e as operações prejudicadas de empresas renomadas são apenas alguns exemplos dos desafios enfrentados pela economia brasileira.
Diante desse cenário, é fundamental que as reformas tributárias e fiscais sejam cuidadosamente planejadas e implementadas, levando em consideração o impacto sobre setores estratégicos como o de saúde. A busca por um sistema tributário mais justo e eficiente deve ser acompanhada de medidas que garantam a sustentabilidade e a complementaridade dos sistemas público e privado de saúde, assegurando assim o acesso de todos os brasileiros a serviços de saúde de qualidade.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo