De 2023 a 14,7% a mais em lançamentos de unidades residenciais do MCMV.
Entre janeiro e dezembro de 2023, foram apresentadas no mercado brasileiro um total de 293.013 unidades habitacionais. Essa quantidade refletiu uma redução de 11,5% em relação a 2022, conforme informações divulgadas no estudo Tendências do Comportamento do Consumidor de Imóveis, promovido pela ABRAINC e pela Brain Inteligência Estratégica. No mesmo período, observou-se um aumento de 14,7% nos lançamentos do Minha Casa Minha Vida (MCMV).
O programa habitacional é essencial para a democratização do acesso à moradia no Brasil, promovendo a construção e aquisição de imóveis por famílias de baixa renda. Com o crescimento nos lançamentos do Minha Casa Minha Vida, há um impacto positivo na economia do país, estimulando a geração de empregos no setor da construção civil e contribuindo para o desenvolvimento social. É fundamental fortalecer e ampliar programas como esse, que têm o poder de transformar vidas por meio do acesso a uma habitação digna.
Minha Casa Minha Vida: O Impacto no Mercado Imobiliário em 2023
Fonte: CBIC/CII / Elaboração: Brain Inteligência Estratégica O número de unidades lançadas via MCMV saiu de 35.718, no quarto trimestre de 2022, para 40.962 no último trimestre de 2023. ‘Existem dois momentos no mercado imobiliário de 2023. O antes e o depois do MCMV.
A indústria dos imóveis econômicos vinha de um pessimismo muito grande diante do cenário econômico brasileiro’, analisa Eduardo Fischer, CEO da MRV, no evento de lançamento do estudo. ‘As mudanças realizadas ao longo do ano foram um incentivo para corrigir o cenário ruim, principalmente depois da COVID-19‘, argumenta o executivo.
O Cenário Habitacional Brasileiro em Transformação
Antonio Setin, fundador da Setin Incorporadora corrobora esta perspectiva. ‘Este governo expressa o objetivo de diminuir o déficit habitacional para classes menos favorecidas. As empresas que atuam neste segmento têm tudo para deslanchar. Os astros estão alinhados’, observa.
Fonte: CBIC/CII / Elaboração: Brain Inteligência Estratégica O número de vendas de unidades residenciais seguiu o mesmo padrão. Em 2023, foram 322.851 imóveis negociados, uma queda de 1,4% em relação a 2022 (327.554). Apesar disso, as unidades oriundas do MCMV registraram uma alta de 4%, passando de 30.655 (4T2022) para 31.881 (4T2023).
O Segmento Econômico e a Oferta de Imóveis
Atualmente, o segmento representa 39% das vendas do mercado imobiliário brasileiro. Publicidade Fonte: CBIC/CII / Elaboração: Brain Inteligência Estratégica ‘A grande demanda hoje se localiza no segmento econômico’, justifica Carlos Terepins, CEO da incorporadora Nortis. Não à toa, apesar do aumento em lançamentos e vendas no setor, houve uma queda na oferta de unidades que se enquadram no MCMV.
No 4º trimestre de 2022, eram 89.643, enquanto o ano de 2023 chegou ao fim com 83.653 unidades disponíveis, uma queda de 6,7%. O estudo também indica que se o número de vendas e lançamentos se mantiver este ritmo, a oferta de imóveis MCMV deve se esgotar em nove meses.
Comportamento do Consumidor e o Programa Habitacional
Quem deseja comprar imóvel no Brasil Na lista de rótulos que a Geração Z (jovens de 21 a 26 anos) recebe, destaca-se a falta de interesse por um imóvel próprio. Na prática, porém, o mercado imobiliário está confiante de que a ideia é infundada.
O estudo realizado pela ABRAINC, em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, mostra que a Geração Z é a que mais deseja comprar imóveis no Brasil. De acordo com a pesquisa, 46% dos respondentes da Geração Z demonstraram interesse em adquirir um imóvel. Luiz França, Presidente da Abrainc, atribui ao MCMV um papel importante nesta equação.
‘Jovens de alta renda tendem a ficar mais tempo na casa dos pais’, entende o executivo. O segundo grupo com mais interesse em comprar imóveis, no entanto, é a Geração X (43 a 58 anos).
Fonte: Tendências do comportamento do consumidor de imóveis Leia mais: IGP-M desacelera a 0,21% em julho e acumula alta de 10,08% em 12 meses Urbanistas enxergam projetos de retrofit no centro de São Paulo como chave para a região Construção já sofre com falta de mão de obra e ‘roubo de trabalhador’ Brasil comprar imóvel lançamentos mercado imobiliário Minha Casa Minha Vida vendas
Fonte: © Estadão Imóveis
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