Sexta em São Paulo: Mostra abre, revolução, Cravos, ditadura, Salazar, inéditas, maio, Fotografia no MIS, Marília Marton (secretária de Cultura, Economia e Indústria). Europe, grupos, exílio, termos explorados no Museu da Imagem e Som.
Na manhã de 25 de abril de 1974, há meio século, Portugal testemunhou o despertar da Revolução dos Cravos. Sob os acordes de Grândola, Vila Morena, de José Afonso, a população tomou as ruas em busca de liberdade e justiça. A Revolução dos Cravos marcou um novo capítulo na história do país, pondo fim à longa era da ditadura de António Oliveira Salazar.
A Revolution of the Carnations foi um marco de resistência e esperança, onde os cravos vermelhos se tornaram símbolos de paz e renovação. A força do povo português se fez sentir, reafirmando que a voz da fraternidade e da democracia é a que mais ordena. A memória da Revolução dos Cravos permanece viva, lembrando a importância da luta coletiva por um futuro mais justo e igualitário.
Revolução dos Cravos em destaque no Maio Fotografia no MIS
A importância da Revolução dos Cravos é evidente na exposição do Museu da Imagem e do Som (MIS) em São Paulo. A mostra ’50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal’ traz fotografias marcantes do fotógrafo Sebastião Salgado. Esta exposição faz parte das sete exposições inauguradas nesta sexta-feira na capital paulista, como parte do evento tradicional Maio Fotografia no MIS.
A fotografia desempenha um papel fundamental na comunicação visual, capturando momentos únicos e transmitindo emoções. Marília Marton, secretária de Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado de São Paulo, expressou sua alegria com o retorno do Maio Fotografia no MIS ao museu. A exposição destaca imagens inéditas de Sebastião Salgado, que testemunhou a Revolução dos Cravos em Portugal.
A Revolução dos Cravos marcou o fim da ditadura em Portugal, um momento de transição para a democracia. O nome da revolução deriva do gesto simbólico de colocar cravos nos tanques, simbolizando a resistência pacífica do povo. Sebastião Salgado, junto com sua esposa Lélia Wanick Salgado, estava presente durante esse período histórico, documentando com suas lentes os eventos que moldaram o futuro do país.
A exposição apresenta dezenas de fotografias em preto e branco, capturadas por Salgado no início de sua carreira, enquanto estava exilado na Europa devido à ditadura militar no Brasil. O fotógrafo estava fortemente envolvido com os grupos que lutavam contra a ditadura, o que o levou a buscar refúgio no exterior. Sua cobertura da Revolução dos Cravos foi um marco em sua carreira, ensinando-lhe a arte de contar histórias através da fotografia.
Portugal representou uma aventura significativa para Salgado e sua esposa, tanto em termos políticos quanto profissionais. Foi nesse país que ele aprendeu a narrar visualmente os acontecimentos e a construir narrativas fotográficas impactantes. A exposição destaca não apenas as imagens históricas da Revolução dos Cravos, mas também a jornada pessoal e profissional do renomado fotógrafo brasileiro.
Fonte: @ Agencia Brasil
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