Doenças renais podem levar à insuficiência renal; fatores genéticos, substâncias tóxicas e desidratação crônica são sinais de alerta. #DiaMundialdoRim
Hoje, comemora-se o Dia Mundial do Rim, uma ocasião fundamental para conscientizar sobre a gravidade das doenças renais e a necessidade de cuidados preventivos. A insuficiência renal é uma condição séria que afeta milhões de indivíduos em todo o planeta, sendo fundamental buscar orientação médica regularmente para garantir a saúde dos rins.
Além disso, as enfermidades renais podem causar complicações sérias se não forem tratadas adequadamente, impactando significativamente a qualidade de vida das pessoas. É essencial adotar hábitos saudáveis, como a ingestão de água suficiente e a prática de atividades físicas, para prevenir problemas renais e cuidar da saúde como um todo.
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Doenças Renais: Um Problema Global
Além disso, cerca de 2,4 milhões de pessoas morrem por ano devido a problemas renais. Os rins são fundamentais para a filtragem de substâncias tóxicas no corpo.
De acordo com Geovana Basso, diretora de Assuntos Médicos da Baxter na América, o órgão é importante para manter o equilíbrio de minerais no organismo, como sódio e potássio, regular o pH do sangue, equilibrar o volume líquido do corpo e produzir hormônios e substâncias benéficas para o organismo, como a vitamina D. No entanto, algumas condições podem deteriorar a saúde dos rins, como é o caso do diabetes, hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares. A maior preocupação reside nas enfermidades renais que possam comprometer a função dos rins e levar um paciente a necessitar de diálise ou transplante de rim, afirma Miguel Riella, presidente da Fundação Pró-Renal, à CNN.
‘As duas principais enfermidades responsáveis por pelo menos 60% dos pacientes hoje dia em diálise são a hipertensão arterial e diabetes’, completa. Principais doenças renais e seus riscos
De acordo com Paulo Lins, nefrologista e gerente médico da Baxter, ‘as doenças renais são um grupo diversificado de condições que afetam a estrutura e função dos rins. As principais são: doença renal crônica: condição de longo prazo em que os rins não funcionam como deveriam, podendo levar à insuficiência renal com necessidade de diálise ou transplante. Entre as principais causas estão o diabetes e a hipertensão arterial; Glomerulonefrite: conjunto de doenças que afetam os glomérulos, estruturas microscópicas que atuam na filtração do sangue, e que pode levar à perda de proteína na urina e diminuição da função renal; Infecções do trato urinário: no caso da pielonefrite, a infecção pode afetar os rins e causar danos significativos, podendo levar à sepse (infecção generalizada); Cálculos renais: formação sólida de cristais que se acumulam os rins e no restante do trato urinário, causando dor intensa e obstrução do fluxo urinário, podendo levar a infecções ou danos renais.
O Papel do Diabetes e da Hipertensão nas Doenças Renais
De acordo com Lins, comorbidades como diabetes e hipertensão estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças renais. No caso do diabetes, o alto nível de açúcar no sangue pode danificar os vasos sanguíneos, incluindo os glomérulos dos rins. ‘Quanto mais glomérulos danificados, pior fica a situação do rim, gerando um quadro chamado nefropatia diabética. Se não controlada, pode levar à necessidade de diálise ou transplante renal’, afirma.
Além disso, o diabetes pode causar danos aos nervos, afetando o funcionamento da bexiga, condição chamada neuropatia diabética. Por fim, pessoas com diabetes têm mais risco de desenvolver infecções no trato urinário. ‘A longo prazo, o dano renal causado pelo diabetes pode levar a uma condição chamada doença renal crônica (DRC), na qual a função renal diminui gradualmente ao longo do tempo. Se a doença renal crônica não for tratada, ela pode progredir para insuficiência renal’, afirma.
Já a hipertensão não controlada pode causar a esclerose, que é o endurecimento de vasos sanguíneos renais. ‘Nos rins, a esclerose dos vasos renais pode levar à redução da eficiência da filtração renal’, diz Lins. Com o tempo, também pode levar à doença renal crônica.
Outros fatores de risco para doenças renais
Além das condições de saúde já citadas, existem outros fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças renais. É o caso do uso prolongado de certas substâncias tóxicas e medicamentos, como os anti-inflamatórios não esteroides (ibuprofeno, naproxeno e diclofenaco). O tabagismo, a exposição a toxinas ambientais, a desidratação crônica e uma dieta rica em sal, proteínas e outros componentes também podem prejudicar a saúde dos rins.
Detecção Precoce e Prevenção
Fatores genéticos também estão associados ao desenvolvimento de doenças renais, segundo Lins. Indivíduos com um histórico familiar de doença renal têm maior risco de desenvolver a enfermidade também. O mesmo vale para condições hereditárias, como diabetes tipo 1 e 2, hipertensão e certas formas de glomerulonefrite que podem ter componentes genéticos que aumentam o risco de doença renal.
Para ter sucesso no tratamento de doenças renais, dois fatores são fundamentais: atenção aos sinais de alerta e o diagnóstico precoce. ‘A doença renal crônica se instala lentamente, sem sintomas. Os pacientes podem perder 80% da função dos rins sem perceber. Por isso, existe a importância de fazer os exames para avaliar as funções dos rins’, afirma Riella. Os principais exames para diagnosticar doença renal são: Exame de sangue: dosagem de creatinina; Exame de urina: detecção de proteína (albumina) na urina, presença de sangue ou células inflamatórias na urina.
O diagnóstico precoce pode evitar a progressiva perda de função dos rins com medidas que vão variar de acordo com a causa básica que levou a insuficiência dos rins, completa o especialista.
O tratamento varia de acordo com a doença renal e, em casos graves, pode incluir a diálise e o transplante de rim. A prevenção inclui o bom tratamento das doenças que representam um risco para a saúde renal, como o diabetes e a hipertensão. Além disso, alguns hábitos são fundamentais para prevenir a doença renal, como: Manter um peso saudável; Adotar uma dieta equilibrada; Exercitar-se regularmente; Evitar o uso de anti-inflamatórios não esteroides; Não fumar; Limitar o consumo de álcool; Manter-se hidratado; Realizar exames regulares.
Fonte: © CNN Brasil
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