Empresa reduz prejuízo líquido 12% no 1º trimestre, atingindo R$ 261 milhões. Recuperação extrajudicial, processo, plano de turnaround, mudanças, reequilíbrio e preços envolvidos. Nota de créditos emitida.
A Casas Bahia divulgou ontem (8), ao término do pregão, o seu balanço referente ao primeiro trimestre deste ano.
O Grupo Casas Bahia demonstrou um crescimento significativo em suas operações, refletindo a força e a presença marcante da Casas Bahia no mercado varejista nacional.
Casas Bahia: Redução do Prejuízo e Processo de Recuperação
A Grupo Casas Bahia viu seu prejuízo líquido diminuir em 12% no primeiro trimestre, totalizando R$ 261 milhões. Essa melhora se deve, em grande parte, ao desempenho positivo do resultado financeiro líquido, à redução nos custos das mercadorias vendidas e à queda nas despesas operacionais. Em meio ao processo de recuperação extrajudicial, esses números foram bem recebidos por analistas, porém persistem incertezas quanto ao futuro da empresa e de suas ações.
Julia Monteiro, analista da MyCap, ressalta que os resultados do primeiro trimestre refletem o passado da empresa antes do pedido de recuperação extrajudicial. Durante a teleconferência para anunciar o pedido, os analistas já esperavam um prejuízo, indicando que o verdadeiro impacto nas ações da Grupo Casas Bahia dependerá da efetiva implementação dos planos de recuperação e do cenário macroeconômico nacional.
O plano de mudança, conhecido como ‘turnaround’, é crucial para influenciar a recomendação de compra das ações da Grupo Casas Bahia. A melhora na rentabilidade é evidente, apesar da queda nas vendas, que foi superada pela redução de custos. A analista destaca a necessidade de crédito no setor varejista, especialmente considerando a recente queda na nota de crédito da empresa devido à recuperação extrajudicial, o que pode complicar sua capacidade de capitalização em comparação com outras empresas do setor.
Julia enfatiza que as expectativas macroeconômicas do Brasil, mais do que as perspectivas individuais da empresa, podem influenciar o preço das ações. O rebalanceamento dos preços das ações em função da nota de crédito e a necessidade de capital de giro são desafios a serem enfrentados. A recuperação extrajudicial, iniciada em 28 de abril, envolveu um acordo com os principais credores, Bradesco e Banco do Brasil, fora do âmbito judicial, visando reestruturar a situação financeira da Grupo Casas Bahia.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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