Alta circulação de SRAG gravou quadros em crianças pequenas (até 2 anos) em 22 estados, causando alta incidência e mortalidade de SRAG grávida em quatro semanas. (Síndrome respiratória aguda grave (SRAG), circulação, infância, crianças pequenas, mortalidade, idade até 2 anos, incidência, 22 unidades federativas)
Na quinta-feira passada, 2, o relatório Infogripe da Fiocruz destacou um crescimento relevante no número de registros e mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em todo o Brasil, com destaque para o vírus sincicial respiratório (VSR).
Os dados alarmantes mostram que cinco a seis casos de cada dez pacientes diagnosticados com SRAG estão relacionados ao vírus sincicial respiratório (VSR), reforçando a importância das medidas preventivas e do acompanhamento médico adequado. A prevenção e a conscientização sobre os sintomas do VSR são fundamentais para proteger a população vulnerável e reduzir a propagação desse vírus.
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) Impacta Incidência de SRAG em Crianças
De acordo com as informações disponíveis, a atual situação epidemiológica está sendo influenciada significativamente pelo aumento na circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), juntamente com a circulação de influenza. Ambos os vírus são conhecidos por causar complicações respiratórias graves, sendo o VSR responsável por impactar diretamente a incidência e mortalidade por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em crianças pequenas, com idade até 2 anos.
A análise dos dados da semana epidemiológica 17 revela um cenário preocupante, com um expressivo aumento na incidência e mortalidade de SRAG em crianças de até 2 anos de idade, devido à intensificação da circulação do VSR. Essa situação tem superado os números associados à covid-19 nessa faixa etária, evidenciando a importância de monitorar de perto a propagação desse vírus.
Apesar do impacto do VSR, não podemos ignorar outras causas de infecção em crianças, como o rinovírus, que também contribui para a carga de doenças respiratórias nessa faixa etária. No entanto, a predominância do VSR como agente causador de bronquiolite e pneumonia em crianças pequenas é um fator relevante a ser considerado.
Nos dados das últimas quatro semanas epidemiológicas, observamos que o VSR foi responsável por 58% dos casos de SRAG, enquanto o influenza A, a covid-19 e o influenza B representaram 24.3%, 7.9% e 0.4% dos casos, respectivamente. Em relação aos óbitos, o coronavírus continua sendo a principal causa de mortalidade por SRAG entre os idosos, apesar do aumento de casos relacionados ao VSR.
A distribuição geográfica dos casos de SRAG mostra que 22 unidades federativas apresentam crescimento na tendência de longo prazo, evidenciando a importância de ações de monitoramento e controle da propagação dessas infecções respiratórias. Entre os estados afetados estão Alagoas, Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, entre outros.
O VSR é reconhecido como o principal agente causador de infecções respiratórias agudas em crianças com até 2 anos, sendo responsável pela maioria dos casos de bronquiolite e pneumonias nessa faixa etária. Sua alta taxa de circulação sazonal, especialmente nos meses de outono e inverno, torna essencial a implementação de medidas preventivas e de vigilância para proteger as crianças vulneráveis.
Como um vírus bastante comum em crianças pequenas, estima-se que entre quatro a seis casos de cada dez sejam infectados pelo VSR no primeiro ano de vida, chegando a quase 100% de incidência até os 2 anos. Esses dados ressaltam a importância da conscientização e do acompanhamento adequado da saúde das crianças para prevenir complicações decorrentes da infecção pelo VSR.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo