Estudo recente ajuda no desenvolvimento de novos medicamentos para tratamento da doença, através do sequenciamento de RNA unicelular e proteína beta-amiloide.
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta a memória, o pensamento e o comportamento do paciente. A deterioração progressiva do funcionamento cognitivo é uma característica marcante da doença, que pode levar à perda da capacidade de realizar as atividades diárias. Atualmente, não existe cura para o Alzheimer, apenas tratamentos paliativos para amenizar os sintomas e retardar o <a href='https://diariosdenoticias.com/avanço da doença.
Pessoas com demência, como a provocada pelo Alzheimer, podem apresentar dificuldades de raciocínio, julgamento e comunicação. Além disso, alterações de humor e personalidade também são comuns nesses pacientes. O diagnóstico precoce é essencial para garantir uma melhor qualidade de vida e proporcionar suporte adequado tanto ao paciente quanto aos familiares que lidam com os desafios impostos pela doença.
Acúmulo de gordura no cérebro pode estar relacionado ao Alzheimer
No entanto, um novo estudo reforça uma outra possível causa: o acúmulo de gordura nas células cerebrais.A presença dessas placas gordurosas no cérebro de pessoas que morreram de Alzheimer é algo conhecido desde a primeira vez que Alois Alzheimer deu nome à doença, no início do século XX.
No entanto, ainda são poucos os estudos sobre essa possível causa.Agora, uma pesquisa publicada na Nature Medicine, na quarta-feira (13), sugere que a doença pode ser causada pelo acúmulo de gotículas de gordura nas células do cérebro. A descoberta pode ajudar a desenvolver tratamentos mais eficazes para o Alzheimer.
Leia Mais Tratamento para Alzheimer pode melhorar efeitos causados pela quimioterapia Alzheimer: IA identifica fatores de risco com 7 anos de antecedência Poluição do ar pode estar relacionada a sinais de Alzheimer, diz estudo Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Stanford University analisaram um gene chamado APOE, que codifica uma proteína que ajuda a transportar gordura para dentro e para fora das células.
Existem diferentes variantes desse gene e o APOE4 traz o maior risco para o desenvolvimento de Alzheimer — apesar de o motivo para isso ainda não estar definido.Os cientistas realizaram, então, uma técnica de sequenciamento de RNA unicelular para identificar quais proteínas estavam sendo produzidas em células.
Esse experimento foi feito em amostras de tecidos cerebrais de pessoas que morreram devido ao Alzheimer e que apresentavam genes APOE4 ou genes APOE3.Com isso, os pesquisadores descobriram que pessoas que possuíam a variante do gene APOE4 apresentavam células cerebrais com níveis elevados de uma determinada enzima que aumentava as gotículas de gordura nessas células.Além disso, a equipe de cientistas aplicou proteína beta-amiloide nas células de pessoas vivas com a variante APOE4 ou APOE3.
Isso fez com que as células cerebrais acumulassem gordura, principalmente no caso da variante APOE4.A conclusão dos pesquisadores é que, no Alzheimer, o acúmulo de amiloide desencadeia o acúmulo de gordura, podendo levar, também, ao acúmulo de tau nos neurônios.
Tudo isso leva à morte de neurônios, causando aos sintomas de Alzheimer, como perda de memória e confusão mental.Mais estudos são necessários para reforçar a tese descoberta pelo atual estudo. Tópicos Alzheimer Demência Estudos Compartilhe:
Fonte: © CNN Brasil
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