XP desenvolveu projeto-piloto no Davos nos EUA. Modelo avançado de assessoria de investimentos para atuar nos EUA. Alternativa à constituição e movimentações financeiras.
A XP está expandindo suas operações internacionais e busca consolidar seu posicionamento no mercado global, com a assessoria de investimentos no exterior. A XP US está testando um novo modelo que visa atingir um público diversificado, seguindo o mesmo padrão de excelência que a tornou referência no Brasil.
Em parceria com a corretora Davos, a XP está explorando novas possibilidades de crescimento nos mercados externos. A escolha estratégica da Davos como piloto nesse projeto ressalta o compromisso da XP em oferecer soluções inovadoras e de qualidade para seus clientes, reforçando sua liderança no setor financeiro.
Expansão da Operação nos Estados Unidos pela XP
Segundo informações obtidas pelo NeoFeed com indivíduos bem informados sobre o assunto, a XP está apresentando a possibilidade de operação nos Estados Unidos para um seleto grupo de escritórios de sua rede que buscam um modelo mais avançado do que o de finder. A XP não quis comentar sobre o assunto quando procurada.
Ingressar nessa estrutura de finder é uma alternativa à constituição de um Register Independent Advisor (RIA), caminho adotado nos últimos meses pela EQI Corretora, além de outras como a Blue3, SVN e mais. Dentro do modelo de finder, o escritório é remunerado exclusivamente pela abertura de cadastro ou pelos rebates das receitas geradas pelas movimentações.
Investimentos Offshore e a XP
Na estrutura de finder, o escritório introduz o cliente à plataforma, porém não assume responsabilidades sobre ele, tampouco pode realizar recomendações de investimentos. O projeto da XP em questão surge como resposta ao crescimento das plataformas offshore. Um exemplo claro é a Avenue, que expandiu seu negócio atendendo o cliente na estrutura de finder e agora avança no modelo de RIA.
De acordo com a Avenue, atualmente cerca de 450 assessorias de investimento (muitas ligadas à XP) estão plugadas a ela no modelo de finder, enquanto aproximadamente 50 estão no modelo de RIA, incluindo corretoras e gestoras. O piloto feito em parceria com a Davos, fundada em 2018 por ex-funcionários do Citibank, foi a solução encontrada para operar nos EUA sem a licença necessária.
Parceria entre Davos e XP nos Estados Unidos
Há um ano, a XP propôs à Davos a alternativa de se conectar à sua estrutura de broker dealer nos Estados Unidos e operar de forma independente. A partir da estrutura de broker dealer da XP no modelo 1099 da legislação americana, a Davos pode assessorar seus clientes e optar entre remuneração comission based ou fee based. Isso se assemelha ao modelo de assessoria que as marcas já empregam em colaboração com a plataforma no Brasil.
‘A XP nos convidou para desenvolver esse projeto e, desde então, formamos um time com dois sócios em Miami para gerenciar a alocação desse portfólio e atender clientes locais, suprindo uma crescente demanda por investimentos internacionais sofisticados’, afirma Kátia Alecrim, sócia-fundadora da Davos Investimentos, ao NeoFeed.
Sócios da Davos com Licença para Atuar nos EUA pela XP
A XP patrocina a licença dos sócios do escritório da Davos em Miami, Claudia Ripper e Adriano Gomes, para operar nos EUA. Eles se registraram pela XP Investments US no BrokerCheck, uma plataforma vinculada à Financial Industry Regulatory Authority (Finra) que lista o histórico desses profissionais. Atualmente, a Davos detém cerca de 15% de sua custódia offshore e planeja alcançar 25%, resultando de um aumento nos recursos internacionais dos clientes como no interesse de investidores com contas em grandes bancos estrangeiros.
Modelos de Assessoria e Opções Offshore
O modelo de finder é amplamente utilizado pelas assessorias atualmente para atender o cliente, devido a sua menor complexidade regulatória e custos reduzidos. No entanto, com o crescimento da custódia no exterior, é natural que os participantes busquem estruturas próprias para aumentar suas receitas. Além do modelo de finder, as assessorias têm apenas mais duas opções: se conectarem a um broker dealer através do 1099 (como proposto pela XP) ou estabelecer um RIA. Neste momento, várias estão avaliando qual a melhor opção para seus casos.
O RIA permite operar com plataforma aberta, mais flexibilidade e controle total sobre o cliente e receitas geradas, embora demande uma estrutura física de alta qualidade, risco e conformidade com a legislação. De acordo com informações do NeoFeed, para custear uma estrutura mínima seriam necessários US$ 150 milhões de custódia. Já para uma estrutura mais robusta para atender aos requisitos legais americanos, seria preciso US$ 300 milhões. Em contraste, o modelo 1099, que envolve o advisor se conectando a um broker dealer, teria um custo menor, abrangendo apenas o pagamento dos bancários que operariam pela instituição.
Fonte: @ NEO FEED
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