Assessoria de investimentos Sogima se junta à XP para alcançar R$ 1 bilhão em ativos. Para a XP, o segmento agro é relevante e contribuiu para aumentar mercado de investimento bancário.
O agronegócio é um dos principais setores que movem o motor da economia brasileira. Suas empresas atingem níveis de faturamento expressivos, com 25% dos clientes atendidos pelas assessorias de investimento da XP apresentando valores acima de R$ 100 milhões.
Entre esses clientes, empresas do agronegócio com mais de R$ 100 milhões de faturamento desempenham um papel crucial no agronegócio, com demandas específicas e necessidades complexas de aconselhamento. Assim, as assessorias de investimento da XP precisam contar com profissionais qualificados para atender às necessidades específicas dessas empresas, garantindo que elas tenham acesso a oportunidades de investimento estratégicas e que atendam às suas necessidades de crescimento, desenvolvimento de negócios e expansão no mercado.
XP se reestrutura para aproveitar o agronegócio
A XP está reestruturando sua estratégia de investimento para atender às necessidades do setor agronegócio, o que pode ser considerado um dos maiores agronegócios do mundo, com o objetivo de capturar uma parcela maior da receita do agronegócio no mercado de investimento. Este setor é fundamental para o agronegócio brasileiro. Se o agro pôde ajudar a XP a ganhar participação de mercado no investimento bancário, estruturando dívidas como CRAs e CRIs para o setor enquanto os grandes bancos consideravam o segmento pequeno e difícil, chegou a hora de olhar com mais cuidado para o wealth management. E a estratégia para agregar tudo isso é o B2B. E surgiu uma oportunidade para a XP ampliar a sua rede de assessoria de investimentos focada no agronegócio com três ex-executivos do Santander. Eles lançaram a Sogima, assessoria de investimentos que nasce totalmente dedicada aos clientes do setor agronegócio, e plugada à XP.
A XP se engaja no agronegócio
Eu realmente me surpreendi: XP no agronegócio? Mas fomos conversando e percebi que há uma grande estrutura e ao mesmo tempo uma grande oportunidade de crescimento na rede, afirma Ricardo França, sócio fundador da Sogima, ao NeoFeed. França, que era superintendente regional de agronegócios do Santander, foi convencido por dois colegas de trabalho no banco, David Mailler Bocalon e Clemilson Franco, a empreender. Neste início, eles estão movimentando a sua própria carteira de relacionamento e deram início a conversas com cerca de 90 potenciais clientes. A sede da Sogima será na capital paulista, mas os sócios planejam abrir escritórios no interior, embora ainda não tenham um destino definido.
R$ 1 bilhão em dois anos
Nos próximos meses, eles saem em busca de contratações de assessores que conhecem o agronegócio para ajudar na meta de chegar a R$ 1 bilhão de captação em dois anos. Para a XP, que criou mesas específicas de atendimento, como as de hedge cambial e commodities, para o cliente do agronegócio para o seu B2B, o diferencial está nas soluções customizadas para esse público, que não encontra o que procura nas grandes instituições financeiras. Já temos a Nexgen muito forte em Goiânia, e a Rio Negro em Campo Grande e agora temos a Sogima atuando mais no interior do Sudeste e assim a gente ocupa bem esse tabuleiro, afirma Bruno Ballista, sócio e head de assessoria e relacionamento com o cliente XP.
A Sogima nasce em uma oportunidade
Atualmente, os clientes do agronegócio dos escritórios parceiros da XP estão localizados principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Paraná. E as principais soluções demandadas são commodities, operações compromissadas, renda variável, câmbio e produtos estruturados. A Sogima nasce atendendo clientes pessoas jurídica e física ao mesmo tempo, e tendo como estratégia explorar o crédito colateralizado para ajudar produtores a se financiarem. Na visão de França, o agronegócio cada vez mais procura o mercado de capitais, já que as linhas subsidiadas pelo governo são limitadas a R$ 3 milhões por CPF ou CNPJ, o que só atende ao micro produtor rural. Os muito pequenos têm acesso a linhas do governo, como tem que ser e os grandes têm acesso ao mercado de capitais com grandes bancos. Há um vácuo para os players médios, e achamos que há uma grande oportunidade aí, diz ele.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo