Grupo de mulheres engajadas na aplicação de recomendações para cúpula nacional.
O grupo de engajamento W20 do G20 para a pauta das mulheres foi estabelecido em 2015, e o Brasil ingressou em 2017 (marcando minha primeira participação). Desde então, tenho acompanhado de perto as conversas e trocas de ideias para desenvolvermos propostas a serem apresentadas na cúpula do G20, visando aprimorar a qualidade de vida das mulheres. Com a liderança do Brasil, a importância do nosso papel se destaca ainda mais.
Além disso, é fundamental que o gênero feminino seja representado de forma abrangente nessas discussões, considerando as diferentes realidades e desafios enfrentados por meninas e mulheres em todo o mundo. A diversidade de perspectivas enriquece as propostas e contribui para a construção de políticas mais inclusivas e eficazes. Juntas, podemos promover mudanças significativas e garantir um futuro mais igualitário para todas.
Engajamento das Mulheres nas Recomendações para a Cúpula
Desde o início do ano, representantes de todos os 19 países e 2 blocos econômicos, a União Europeia e a União Africana, têm se reunido para discutir e debater questões relacionadas ao gênero. O objetivo é chegar a um consenso sobre o Communiqué, o documento final de recomendações.
Além das reuniões e debates, foram realizados diálogos nacionais em diversas regiões do Brasil, com o intuito de ouvir grupos, entidades e organizações envolvidas com a temática. O último desses diálogos está marcado para agosto, em São Paulo, após passagens por Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Brasília e Belém.
Paralelamente aos diálogos, o Communiqué está sendo elaborado e será finalizado oficialmente em outubro, durante um Summit no Rio de Janeiro, que contará com a presença de mais de 700 convidados e delegações de diversos países.
Uma das inovações da presidência do G20 foi dar mais espaço para os grupos de engajamento, que puderam apresentar seus temas aos sherpas, vice-ministros de finanças e presidentes de banco centrais. Esses momentos são cruciais para ampliar os debates e enfatizar a importância de não deixar as mulheres para trás.
A pauta de recomendações abordará cinco temas principais, levando em consideração a transversalidade de raça e etnia. Entre eles estão: o empoderamento de mulheres empreendedoras, a promoção da participação de meninas e mulheres em áreas de STEM, o combate à violência contra as mulheres, a justiça climática sob a perspectiva de gênero e a economia do cuidado.
Ana Fontes, empreendedora e pesquisadora de gênero, é uma das figuras-chave nesse processo. Fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME), ela acredita na força e determinação das mulheres envolvidas, que lutam para que as recomendações sejam não apenas incluídas no documento final da Cúpula, mas também implementadas, garantindo que as mulheres tenham condições e oportunidades iguais para viver em paz.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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