Redução nas ocorrências da violência doméstica foi observada após a medida protetiva cumprir seu objetivo das medidas de atendimento humanizado, monitorar o cumprimento das medidas.
📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. A Patrulha Maria da Penha celebra, neste mês de dezembro, o primeiro ano de expansão de seu serviço para os batalhões do interior do estado, marcando presença em todas as regiões do Piauí atendidas pela Polícia Militar.
Em 2022, a parceria entre a Secretaria de Estado da Mulher, da Criança e do Adolescente (Semulher) e a Polícia Militar do Piauí chegou a uma nova fase, ampliando sua atuação e reforçando a luta contra a violência. As ações tem visado diminuir a violência doméstica e familiar, com foco em mulheres e crianças, em Riacho Frio e em outras cidades do interior do Piauí, fortalecendo a presença policial nas comunidades.
Aumento no atendimento e redução na violência doméstica
Com a descentralização, o programa registrou um aumento significativo no número de mulheres atendidas, reduzindo as ocorrências de violência doméstica. Estatísticas dos municípios do interior mostram que, entre junho e outubro, quase 1.700 mulheres foram visitadas e cerca de 600 medidas protetivas foram atendidas. Além disso, 252 vítimas foram resgatadas e encaminhadas à rede de proteção, e 226 pessoas foram presas em 886 diligências policiais.
Combate eficaz à violência contra a mulher
A major Leoneide Rocha, comandante da Patrulha Maria da Penha no estado, destaca que o programa tem se mostrado eficaz no combate à violência contra a mulher. ‘A evolução dos dados estatísticos sobre o impacto das Patrulhas Maria da Penha no estado pode variar conforme a localidade. Porém, pontos gerais incluem o aumento no número de vítimas atendidas e uma significativa redução nas ocorrências de violência doméstica em algumas cidades’, explica.
Atendimento humanizado e cumprimento da lei
A Patrulha Maria da Penha atua no cumprimento da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que visa combater a violência doméstica e familiar contra as mulheres. Com atendimento humanizado e policiais qualificados, a Patrulha monitora, protege e acompanha mulheres em situação de violência, buscando levar segurança e reduzir a reincidência de agressões.
Impacto do programa
Um exemplo do impacto do programa é Maria de Sousa, 45 anos, babá e moradora da zona Norte de Teresina. Ela está entre as mais de 3.500 mulheres atendidas pelo serviço em 2024 apenas na capital. Vítima de violência psicológica e patrimonial em um relacionamento de três anos, Maria acionou o 190 em uma situação crítica, registrou boletim de ocorrência e obteve uma medida protetiva. Desde então, passou a ser acompanhada pela Patrulha Maria da Penha. ‘Eu me senti mais segura, porque, quando você não tem apoio, é diferente. Saber que você tem para onde ligar e que a equipe está pronta para lhe apoiar me deixou mais tranquila’, relatou Maria.
Aumento de 376% nas medidas protetivas
Além dela, o programa acompanhou 1.305 medidas protetivas de urgência em 2024, um aumento de 376% em relação ao ano anterior na capital, quando foram registradas 274 medidas. O objetivo principal é proteger mulheres vítimas de violência doméstica, evitando novos ataques ou represálias por parte dos agressores. Isso inclui monitorar o cumprimento das medidas protetivas por meio de visitas periódicas às vítimas, orientá-las sobre seus direitos e os serviços disponíveis, como acolhimento e apoio psicológico, além de reforçar a presença policial em áreas de risco com patrulhamento preventivo, explica a major Leoneide.
Capacitação da tropa para atendimento diferenciado
Em Brejo do Piauí, município a 426 km de Teresina, a violência doméstica apresentava índices alarmantes em 2022, com uma frequência de 2,2 ocorrências por dia. Com a implementação do programa, a Patrulha Maria da Penha atua com uma abordagem diferenciada, capacitando a tropa para atendimento humanizado e eficaz às mulheres em situação de violência.
Fonte: © A10 Mais
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