Luciana Mauricio, advogada, foi algemada enquanto exercia sua função de assistência jurídica, durante patrulhamento da polícia. Desacato, possíveis irregularidades, por parte de agentes.
Uma advogada foi algemada por agentes da Guarda Municipal do Rio de Janeiro em uma estação de ônibus, enquanto prestava assistência jurídica a um cliente. A advogada Luciana Mauricio foi detida em Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
No local, o comerciante teve sua mercadoria apreendida pela GM, e a advogada foi acionada para orientá-lo. Ao chegar, Luciana Mauricio se identificou como advogada do comerciante e questionou a conduta dos agentes, que alegaram ter sido desacatados quando a causídica apontou possíveis irregularidades. Os policiais solicitaram que a causídica fosse à delegacia prestar esclarecimentos pelo desacato. A situação gerou reclamações de que a tiragem da advogada foi desproporcional.
Advogada em Situação Controversa
A causa de controvérsia envolvendo a advogada escancarou as prerrogativas de seu cargo quando foi algemada por um guarda municipal em uma cena que desafiou a compreensão da função da advocacia na sociedade. A advogada se encontrava no exercício de sua função, prestando assistência jurídica a uma pessoa, quando foi acusada de desacato e conduzida à delegacia em uma viatura. Este evento trouxe à tona as tensões entre os agentes do Estado e os profissionais da advocacia, ressaltando a necessidade de um melhor entendimento entre as partes.
Consequências do Evento
O presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ, Rafael Borges, e a presidente da OAB/Bangu, Nathalia Azevedo, compareceram ao local para oferecer assistência à advogada, demonstrando o compromisso da entidade com a defesa dos direitos dos seus membros. A OAB/RJ reagiu ao caso com força, enviando um ofício à Prefeitura do Rio de Janeiro solicitando a realização de um desagravo público e a suspensão dos guardas municipais envolvidos de suas atividades de patrulhamento. Além disso, a entidade requereu à Corregedoria da GM a abertura de um processo administrativo-disciplinar para investigar a conduta dos agentes e comunicou uma notícia-crime ao Ministério Público, a fim de garantir que as irregularidades sejam devidamente apuradas.
A Situação Levantou Dúvidas
A situação levantou preocupações sobre a capacidade dos agentes do Estado de lidar com os profissionais da advocacia, ressaltando a necessidade de um melhor entendimento e respeito mútuo. A advogada, ao se encontrar no exercício de sua função, deveria ter sido tratada com respeito e compreensão, e não algemada e conduzida à delegacia sob acusação de desacato. O evento também questiona as possíveis consequências para os guardas municipais envolvidos e a eficácia da abordagem tomada pela OAB/RJ em relação ao caso.
Fonte: © Direto News
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