Valor sugerido após revisão completa de ativos próprios, considerando capacidade produtiva, redução de custos all-in na produção.
A propaganda RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) – A Vale Base Metals (VBM), subsidiária da Vale (VALE3) de metais básicos, está considerando investir aproximadamente 3,3 bilhões de dólares em ações para expandir a capacidade de ativos de cobre e níquel e diminuir os custos de produção, conforme divulgado pela empresa nesta quinta-feira. O valor, que leva em conta somente recursos próprios, foi proposto com base em conclusões e análises resultantes de uma revisão completa de todos os seus ativos, finalizada em dezembro de 2023, após a Vale ter vendido 13% da VBM em julho passado, por 3,4 bilhões de dólares.
Os planos para os potenciais novos aportes ainda estão em fase de desenvolvimento, o que significa que não houve, até o momento, uma revisão do guidance atual devido ao trabalho em andamento. A empresa está focada em garantir que os investimentos sejam feitos de forma estratégica e eficiente, visando o crescimento sustentável e a maximização dos retornos para seus acionistas.
Investimento Estratégico em Produção e Redução de Custos
As conclusões estratégicas foram compartilhadas com a comunidade de investidores em uma apresentação realizada nesta quinta-feira. A empresa está planejando aportes significativos nos próximos três anos, totalizando 800 milhões de dólares, com o objetivo de impulsionar a capacidade produtiva e reduzir custos operacionais. Esses novos investimentos têm o potencial de aumentar em 5% a produção estimada de cobre para o ano de 2026, atingindo entre 394.000 e 431.000 toneladas.
No que diz respeito à produção de níquel, os aportes planejados podem resultar em um aumento de 10% em 2026, elevando a faixa estimada para 209.000 a 231.000 toneladas. Além disso, a empresa está projetando uma redução de 10% nos custos all-in para o mesmo ano, tanto para o cobre, com valores entre 3.150-3.600 dólares por tonelada, quanto para o níquel, com estimativas de 10.350-12.150 dólares por tonelada.
Após esse período inicial de investimentos, a empresa pretende direcionar mais 2,5 bilhões de dólares para iniciativas que visam ampliar a capacidade produtiva de seus ativos existentes. Essas medidas incluem melhorias na produtividade e eficiência operacional, com foco em otimizar a produção e reduzir custos.
A projeção da empresa é ambiciosa, com expectativas de aumentar em até 100 mil toneladas a capacidade de produção de cobre até 2028, alcançando 500 mil toneladas nesse ano. Esses ganhos serão impulsionados por melhorias em diferentes ativos, como Salobo, Sossego e Canadá. Além disso, a capacidade de produção de níquel também poderá crescer, com previsão de acréscimo de 40 mil toneladas, principalmente em Sudbury, Voisey’s Bay e Long Harbour.
A empresa também está focada em reduzir os custos operacionais, com a meta de diminuir em até 1 mil dólares por tonelada o custo-all in de cobre e em até 2 mil dólares por tonelada no all-in de níquel. Essas reduções de custos são fundamentais para aumentar a competitividade no mercado e garantir a sustentabilidade dos negócios a longo prazo.
As medidas estratégicas incluem a implementação de tecnologias inovadoras para melhorar a produtividade dos equipamentos de mineração e processamento. Além disso, a empresa pretende otimizar a utilização de ativos subutilizados, como o moinho de Sudbury, no Canadá, para aumentar a produção de minério e maximizar a eficiência operacional.
Essas iniciativas fazem parte de um esforço mais amplo da empresa para aprimorar a gestão de seus ativos de metais básicos, visando gerar mais valor e atender à crescente demanda por níquel e cobre, impulsionada pela transição energética global e a necessidade de materiais para baterias e eletrificação. O compromisso com o investimento estratégico e a inovação é fundamental para garantir o crescimento sustentável e a competitividade no mercado de mineração.
Fonte: @ Info Money
Comentários sobre este artigo