Fim do diferimento tributário em fundos exclusivos muda planejamento de famílias ricas no Brasil: tributário, fundos, patrimônios fiscais, mordida do Leão.
O término do adiamento tributário em certos tipos de investimentos fechados exclusivos e restritos alterou a maneira como as famílias brasileiras detentoras de grandes fortunas planejam suas alocações. Diante do cenário fiscal conturbado que impactou patrimônios acumulados ao longo de décadas, uma das propostas discutidas tem sido o aumento da parte investida no exterior.
Essa mudança nas regras fiscais também tem levado essas famílias a considerarem novas aplicações financeiras no mercado nacional, buscando alternativas para diversificar seus portfólios e mitigar riscos. Dessa forma, o panorama dos investimentos no Brasil está passando por transformações significativas, com a busca por oportunidades tanto no exterior quanto em aplicações financeiras locais.
Investimentos em Aplicações Financeiras
Em algumas residências, mesmo diante das oscilações cambiais, os investimentos têm se mantido estáveis. Além disso, a questão tributária-fundos, conhecida como a mordida do Leão, teve um novo desdobramento interessante. Agora, é possível parcelar o pagamento até março, com uma última parcela em maio. Tudo isso se deu após a promulgação da lei 14.754, no final de 2023, que trouxe uma maior liquidez para os investidores.
Diversos grupos familiares optaram por abrir suas estruturas de investimentos, fugindo assim da tradicional regra de amortização anual dos fundos fechados. Com essa mudança, os resgates se tornaram mais flexíveis, permitindo que o dinheiro circule livremente entre diferentes ativos e regiões geográficas.
Um exemplo prático dessas movimentações foi realizado por Bruno Diniz, responsável pelos produtos da butique de investimentos WHG. Ao analisar a plataforma da Comdinheiro, ele identificou que mais de mil portfólios fechados, com menos de 11 cotistas e totalizando R$ 72,4 bilhões, foram transformados em condomínios abertos. Como resultado, o patrimônio desses investidores diminuiu para R$ 55,1 bilhões até o final de maio.
Além disso, 168 fundos com características semelhantes, totalizando R$ 4,2 bilhões no final de 2023, foram encerrados no decorrer deste ano. Essas mudanças no cenário de investimentos têm gerado um verdadeiro turbilhão no mercado financeiro, impactando diretamente os patrimônios fiscais dos investidores.
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Fonte: @ Valor Invest Globo
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