Um antibiótico barato reduziu efeitos de morfina e cocaína em ratos, seguros dos experimentos brasileiros. Doses baixas alteraram hematoencefálica metaloproteinases, causando mudanças neuroplásticas, recuperação e aumento na atividade locomotora em animais utilizados. Identificadas em pesquisas anteriores, preferências de lugares subsústencias. Processo de recuperação e substâncias de baixo custo.
Vencer a dependência de drogas é um desafio enfrentado por muitos indivíduos em busca de tratamento. Durante esse percurso, é comum encontrar obstáculos, incluindo recaídas. No entanto, a esperança surge com novas abordagens para o tratamento contra a dependência de drogas.
Para uma recuperação bem-sucedida, é essencial buscar os tratamentos mais eficazes disponíveis. O abuso de substâncias requer atenção especial e cuidados específicos, visando a reintegração saudável do indivíduo na sociedade. A busca por tratamentos inovadores e personalizados é fundamental para combater o abuso de substâncias e promover a recuperação plena.
Descoberta de Tratamento Promissor Contra a Dependência de Drogas
Evidências científicas revelam que um antibiótico econômico pode reduzir os efeitos recompensadores da morfina e da cocaína. Uma pesquisa brasileira conduzida pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e o instituto francês Paris Brain, ICM – Institut du Cerveau et de la Moelle épinière, Salpetriére Hospital, descobriu que a doxiciclina, um antibiótico barato comumente utilizado no tratamento de infecções bacterianas e parasitárias, pode ser um aliado no tratamento contra a dependência de drogas.
Em um experimento com mais de 300 ratos machos previamente expostos à morfina e cocaína, a doxiciclina foi aplicada em doses baixas e seguras. Os resultados mostraram que o antibiótico conseguiu reduzir os efeitos recompensadores das substâncias e comportamentos ligados ao uso de drogas, apontando para a possibilidade de apoiar o tratamento de dependentes químicos.
A equipe de pesquisa planeja expandir os estudos para ratas fêmeas, aprofundando os conhecimentos sobre como a doxiciclina age nos organismos dos animais. Além disso, as investigações também devem avaliar outro fármaco semelhante à doxiciclina, a demeclociclina.
A doxiciclina tem a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica no cérebro, inibindo a ação das metaloproteinases, enzimas responsáveis por atuar na reparação de tecidos celulares. Esse mecanismo tem chamado a atenção de cientistas que acreditam no potencial das propriedades do antibiótico no tratamento de distúrbios cerebrais, uma vez que o aumento da presença de metaloproteinases está relacionado às mudanças neuroplásticas.
Os animais utilizados nos experimentos apresentaram mudanças comportamentais associadas ao uso de drogas, como a preferência por determinados lugares após exposição à droga e um aumento na atividade locomotora após o uso repetido das substâncias. A aplicação de doxiciclina reduziu a preferência por lugares associados ao uso de morfina, sem afetar o efeito analgésico, e também preveniu o aumento na atividade locomotora causado pela cocaína.
Amanda Sales, responsável pelos testes, destaca a importância desses resultados, ressaltando a necessidade de tratamentos mais eficazes contra a dependência de drogas, devido aos impactos negativos que causam na vida das pessoas.
Fonte: @Olhar Digital
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