O Boom da IA impulsiona a busca por redatores em vez de tageadores de fotos. Marcado pela demanda por habilidades escritas em meio ao crescimento de grandes modelos de linguagem.
Quando Chelsea Becker teve seu segundo filho, ela decidiu tirar uma pausa não remunerada de um ano de sua carreira como comissária de bordo. Durante esse período, ela descobriu uma nova paixão: treinadores de chatbots e decidiu se dedicar a aprender mais sobre essa área inovadora.
Atualmente, Chelsea está participando de cursos online ministrados por renomados instructors de chatbots, a fim de se tornar uma das principais especialistas em chatbots do mercado. Ela está determinada a se destacar nesse campo e está entusiasmada para colaborar com outros profissionais de chatbots para criar soluções inovadoras para empresas de diversos setores.
Participação em Desafio: Treinando Chatbots com IA
Depois de assistir a um vídeo motivador no TikTok, uma jovem instrutora, Becker, 33 anos, de Schwenksville, Pensilvânia, mergulhou em um novo desafio: dedicar seu tempo para treinar modelos de inteligência artificial em um site especializado em tecnologia de Anotação de Dados. Diariamente, ela dedicava várias horas para interagir com um chatbot impulsionado pela IA, uma tarefa que a tornava elegível para receber um pagamento entre US$ 20 e US$ 40 por hora. Ao longo de quatro meses, ela conseguiu ganhar mais de US$ 10 mil, graças à sua determinação e habilidades como treinadora de chatbots.
O crescimento exponencial dos grandes modelos de linguagem, impulsionado pela tecnologia que alimenta plataformas como o ChatGPT desenvolvido pela OpenAI, criou a demanda por profissionais especializados em chatbots, como Becker. Estes especialistas atuam como facilitadores entre a inteligência artificial e a habilidade humana de produzir conteúdo de alta qualidade.
Os sistemas de IA dependem da interação com seres humanos para aprender e evoluir. Empresas líderes no setor, como Google e OpenAI, historicamente contaram com instrutores e especialistas em chatbots, contratados por meio de empresas terceirizadas, para auxiliar na identificação de dados visuais. Esses profissionais desempenham papéis essenciais na classificação de informações, como a identificação de objetos em fotos usadas no treinamento de sistemas de IA, em um contexto que evolui constantemente.
Os instrutores de chatbots estão sempre adaptando suas funções à medida que a IA avança. Anteriormente responsáveis pela marcação de imagens, hoje são desafiados a redigir textos e ensaios que aprimorem a compreensão da inteligência artificial. Compreender como a IA aprende é fundamental: existem principalmente duas abordagens de treinamento, a aprendizagem supervisionada, na qual a IA é alimentada com escrita humana, e a aprendizagem por reforço, na qual o feedback humano molda o aprimoramento do chatbot.
Empresas especializadas em curadoria de dados, como Scale AI e Surge AI, sediadas em São Francisco, atuam como intermediárias entre os profissionais de chatbots e os desenvolvedores. Além disso, empresas como a Cohere, de Toronto, recrutam seus próprios profissionais para anotar dados internamente, enriquecendo ainda mais o ecossistema de treinamento em IA.
A flexibilidade de horários oferecida a esses profissionais também traz desafios, como a falta de contato com os administradores das plataformas e a ausência de padrões claros para orientar as interações com os chatbots. A avaliação contínua, que inclui questões sobre ética e padronização de respostas adequadas, é essencial para garantir a qualidade do treinamento oferecido pelos profissionais de chatbots, que desempenham um papel crucial na evolução da inteligência artificial.
Fonte: @ Info Money
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