Potenza e Sabiá lançam edições especiais de azeite picual, feito na Espanha, com azeitonas europeias e rótulos brasileiros com sotaque inédito.
Dois rótulos de azeite brasileiro com destaque na Europa estão prestes a chegar ao mercado. A Potenza e a Sabiá, ambas merecedoras de prêmios por sua qualidade de óleo de oliva, estão aproveitando para introduzir sua marca em novos mercados
A Potenza, com uma longa história de excelência na produção de azeite, está alinhada com as tendências atuais de consumo. Alguns produtos da marca vão ter rótulos feitos na Europa, uma estratégia para aumentar a visibilidade da marca. De oliva é o principal ingrediente em produtos da Sabiá, com destaque na qualidade do óleo de azeite.
Desvendando a História por Trás do Azeite de Qualidade
A Serra dos Tapes, uma região brasileira que se destaca por sua paixão pelo azeite, não apenas se inspirou em Jaén, na Andaluzia, mas também empreendeu em uma jornada de busca por azeites inéditos. Com a escolha da picual, a azeitona lendária daquela região espanhola, a Serra dos Tapes demonstrou seu compromisso com a excelência. Já a Sabiá, empreendedora e inovadora, navegou rumo à Itália, um país conhecido por sua rica tradição de óleo de oliva, e trouxe de volta uma variedade inédita, a itrana, cultivada no sudoeste italiano, em Salerno.
A primeira safra de azeites com rótulos brasileiros e sotaque europeu está prestes a chegar, com a Potenza Olival Jaén a se destacar no mercado com um preço de R$ 120 por garrafa de 250 mililitros, enquanto o Sabiá Fatto in Italia se apresenta a R$ 129. Até mesmo especialistas no setor, como o acadêmico Sandro Marques, autor de Extrafresco: O Guia de Azeites do Brasil, foram surpreendidos pela nova variedade encontrada na itrana. Quando a provou, Sandro Marques ficou impressionado com a personalidade, equilíbrio e versatilidade da azeitona.
A histórica conexão da Sabiá com a Itália remonta a três anos de intensa pesquisa e degustação de azeites italianos, e foi a necessidade de atender à demanda por seus produtos que empreendeu a produção fora do Brasil. ‘Em 2024, produzimos 15 mil litros de azeite, mas nossa produção se esgotou em setembro. Como a próxima safra é só em março de 2025, não quisemos deixar nossos clientes sem um produto com as características da nossa marca’, revelou Bia Pereira, co-proprietária da Sabiá, em entrevista ao NeoFeed. ‘Por isso, decidimos ir até a Itália, escolher uma variedade diferente e produzir o Sabiá Fatto in Italia. Não pretendemos ter lucro, a ideia é apenas não perder dinheiro’, complementou.
A escolha da província de Salerno se deveu a dois anos de contato com o renomado olivicultor Nicolangelo Marsicani, conhecido como o ‘poeta do azeite’, dono do Frantoio Nicolangelo Marsicani, em Morigerati. O lote especial de extração foi de 500 litros, resultando em 2 mil garrafas de 250 mililitros. Todo o processo foi supervisionado por Emanuel De Costa, mestre de lagar da Sabiá, que ficou fascinado pelo conhecimento de Marsicani. ‘Nós ficamos fascinados pelo conhecimento de Marsicani. Ele sabe como usar os equipamentos finos de cada máquina para conseguir um azeite de qualidade’, lembra Bia Pereira. ‘Ele domina a tecnologia e diz: ‘Aqui vamos pegar mais aroma; neste ponto está um pouco amargo, vamos buscar um equilíbrio maior’. Uma coisa muito precisa, muito detalhista.’
Na época, o único azeite fresco disponível era o europeu, uma vez que a entressafra havia começado e os vizinhos na América Latina, como a Argentina e o Chile, fazem a colheita apenas em maio, após o Brasil. Trazer um azeite especial, de uma variedade que ainda não tinha no Brasil e era muito apreciada na Europa, foi a opção da Sabiá. ‘Como já temos uma parceria com o Nicolangelo Marsicani, podemos repetir esta operação todo ano’, diz Bia Pereira.
Fonte: @ NEO FEED
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