Juros futuros tiveram dificuldade para definir direção: índice de preços ao consumidor, consequências de ambos os indicadores da atividade econômica e taxas de preços dos títulos.
Até a tarde de quinta-feira (10), as taxas de juros oferecidas a quem investe em Tesouro Direto operam em direções mistas. O Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 estava perdendo cerca de 0,01 ponto percentual, enquanto o Tesouro IPCA+ 2029 subia a mesma proporção por volta das 11h30.
Investir em Tesouro Direto é uma opção de aplicação que oferece segurança e estabilidade financeira. Com a entrega de títulos e papéis de dívida pública, o Tesouro Direto é uma alternativa popular para quem busca evitar riscos e garantir retorno. A taxa de juros, no entanto, pode variar de acordo com o tipo de tesouro e o prazo de vencimento, como observado nos dados da quinta-feira (10). O Tesouro Prefixado com vencimento em 2031 é um exemplo de aplicação que aposta na estabilidade, garantindo um retorno fixo. Para quem busca um pouco mais de liquidez sem deixar de lado a segurança, o Tesouro IPCA+ 2029 pode ser uma escolha interessante. Neste cenário, o investidor pode contar com o reajuste do Tesouro IPCA+, que acompanha as variações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. A decisão de aplicar em Tesouro Direto envolve considerar várias opções e escolher a que melhor se adequa às necessidades do investidor.
Desafios no mercado de títulos e papéis
A determinação dos juros futuros, tanto nos mercados internos quanto externos, tem se mostrado um desafio, dado o contraste entre o aumento maior do que o esperado do índice de preços ao consumidor (CPI) americano em setembro e o aumento dos pedidos por seguro-desemprego no país. Esses indicadores têm consequências diretas para a política monetária do Banco Central americano, afetando os títulos americanos.
Os números mencionados atualmente influenciam diretamente os títulos americanos, que operam em direções opostas. No Brasil, a queda das vendas no comércio varejista em agosto ante julho, conforme apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é um fato relevante. Neste momento, os indicadores da atividade econômica no país têm importância significativa para o mercado, especialmente diante dos alertas recentes do Banco Central sobre sua preocupação com a inflação. A relação entre as taxas e preços dos títulos é inversamente proporcional. Isso significa que quanto maior a taxa, menor o preço dos títulos, e vice-versa.
Quando as taxas sobem, é uma notícia positiva para os investidores, pois assegura uma rentabilidade maior se a aplicação for mantida até o vencimento. No entanto, isso implica em perda temporária para os possuidores dos títulos na carteira, uma vez que o valor de mercado dos papéis diminui.
A aplicação em títulos indexados ao IPCA também sofre as consequências dessa variação, como a menor valorização do investimento. A mesma lógica se aplica àqueles investimentos que operam com títulos prefixados, onde o aumento das taxas também diminui o valor dos títulos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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