O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de quatro militares do Exército por tentativa de golpe contra a presidência da República e execução do cargo do governo pelo ex-comandante do Exército.
Em um movimento inédito na história, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou a prisão preventiva de cinco indivíduos suspeitos de planejar um golpe de Estado durante as eleições de 2022, afetando diretamente o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice presidente Geraldo Alckmin e até mesmo o ministro Moraes. A medida visa prevenir eventuais ameaças à democracia e garantir a estabilidade política do país.
A investigação revela que o golpe planejado pelo grupo envolvia a execução do presidente eleito e do vice, bem como uma tentativa de afastar o ministro Alexandre de Moraes do cargo, demonstrando uma ameaça real à estabilidade democrática. Com a prisão preventiva dos suspeitos, o Brasil pode respirar aliviado, percebendo que esses golpistas não conseguiram minar a democracia. O futuro de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin parece mais seguro agora, e o ministro Moraes pode continuar a exercer seu cargo sem ameaças.
Operação de Golpe: Desvendando o Plano de Lealdade
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em várias unidades da Federação, focando em pistas que remetem a um golpe de Estado. Entre os alvos estão militares suspeitos de planejar uma tentativa de golpe e execução de figuras políticas influentes, como Lula e Alckmin. Presos com Cargo de Alta Patente
Entre os presos estão um tenente-coronel, um general da reserva e ex-ministro interino da Secretaria-Geral Mário Fernandes, um major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins de Oliveira, um major Rodrigo Bezerra de Azevedo e um policial federal Wladimir Matos Soares. Vernandes, de maior patente, foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro e ocupou a chefia da pasta. Ele ainda trabalhou no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello, que foi ministro da Saúde de Bolsonaro durante a crise de Covid-19. Investigação de 2022
A investigação chegou às informações através da ‘tempus veritatis’, deflagrada em fevereiro deste ano, que também mirou uma tentativa de golpe em 2022. Na ação, que tinha como objetivo a alta cúpula do governo de Bolsonaro, incluindo o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o passaporte do ex-presidente foi apreendido. Punhal Verde e Amarelo
A decisão de Moraes relata que um plano chamado ‘Punhal Verde e Amarelo’ foi desenhado pelo general Mário Fernandes para tentar ‘neutralizar’ Moraes e derrubar a chapa eleita em 2022. Outro plano, chamado de ‘Copa 2022’, buscava prender o ministro ilegalmente no dia 15 de dezembro daquele ano, mas acabou sendo sustado. Segundo Moraas, a PF constatou que Fernandes participou das manifestações antidemocráticas no QG do Exército em Brasília, e que, segundo áudios capturados de seu celular, sua participação não era só por mera simpatia ideológica. Golpe de Estado
Segundo os investigadores, Fernandes trocava mensagens e áudios com outros militares de alta patente, como o coronel Marcelo Câmara, tramando uma tentativa de golpe, citando a famigerada live argentina que apontava, sem provas, uma fraude eleitoral no país. O general da reserva teria ainda tentado convencer Freire Gomes a aderir ao golpe de Estado em meio à reunião que Bolsonaro fazia com os comandantes do Exército e da Marinha, gestando o que ficou conhecido como ‘minuta do golpe’.
Fonte: © Conjur
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