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(FOLHAPRESS) – O aumento de incidentes envolvendo polícias militares em São Paulo chamou atenção no início deste ano, conforme informações oficiais divulgadas pela administração de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Registraram-se 179 ocorrências nos primeiros trimestres de 2024, em comparação com 75 casos no ano anterior – um acréscimo de 138%.
Esse aumento tem levantado questionamentos sobre a atuação da polícia e o treinamento dos militares envolvidos. A segurança pública é um tema sensível e demanda medidas efetivas para garantir a proteção da população. Investimentos em capacitação e políticas de segurança são cruciais para lidar com a complexidade desse cenário desafiador enfrentado pela PM.
Polícias e Militares: Desafios e Controvérsias na Segurança Pública
Os novos dados foram apresentados hoje pela Secretaria de Segurança Pública, revelando um aumento significativo no número de mortes em ações da PM no estado. Este é o maior registro desde 2020, quando foram contabilizadas 218 vítimas. Em contraste, no ano de 2022, ocorreram 74 casos.
Uma possível justificativa para o aumento repentino de óbitos, após dois anos de ocorrências em menor escala, pode estar associada à Operação Verão na Baixada Santista, encerrada em 1º de abril e que resultou em 56 mortes no total. A iniciativa da PM teve início em dezembro e foi intensificada em fevereiro, após a trágica morte do soldado Samuel Wesley Cosmo.
A escalada das mortes no litoral paulista gerou críticas à atuação policial, incluindo uma denúncia ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, apresentada pela Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns. O governador Tarcísio de Freitas, ao ser questionado sobre as acusações, adotou uma postura controversa, declarando que não se preocupa com tais denúncias.
Especialistas, como o cientista político e pesquisador Eduardo Viveiros de Freitas, destacam a falta de liderança na polícia paulista, mencionando a importância de uma gestão eficaz e uma política de segurança que assegure o equilíbrio entre o apoio às forças policiais e a proteção dos direitos individuais.
A atuação do Gaesp, órgão do Ministério Público de São Paulo, também merece destaque, pois abriu uma notícia fato para apurar denúncias de possíveis irregularidades, como a suposta encenação de mortes como ferimentos graves em hospitais.
A Operação Verão se tornou a segunda ação mais letal da história policial de São Paulo, ficando atrás apenas do trágico massacre do Carandiru em 1992, quando 111 indivíduos perderam a vida. O governo estadual, anteriormente, divulgou que desde dezembro mais de mil infratores foram detidos, contudo, os recentes números não receberam comentários.
As polícias e militares desempenham um papel essencial na manutenção da ordem e segurança da sociedade, porém, garantir a legitimidade e eficácia de suas ações é um desafio constante, exigindo transparência, responsabilidade e respeito aos direitos humanos. O debate sobre a gestão da segurança pública continua em pauta, destacando a importância de uma abordagem equilibrada e eficiente.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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