Especialistas do New York Times recomendam manter uma parceira saudável com o celular, usando-o diariamente com autocontrole para pausas tecnológicas.
Cada vez mais estamos conectados ao mundo através do celular, seja para checar as redes sociais, enviar mensagens ou assistir vídeos engraçados. O celular se tornou uma extensão de nós mesmos, uma janela para o mundo digital que carregamos conosco para onde quer que vamos. Nos momentos de espera, nos deslocamentos, ou até mesmo nas reuniões, lá está o celular presente, oferecendo entretenimento, informação e conexão com outras pessoas.
O avanço da tecnologia transformou o aparelho celular em um verdadeiro canivete suíço digital, onde além de fazer ligações, agora é possível acessar a internet, tirar fotos de alta qualidade e até mesmo controlar outros dispositivos inteligentes. O smartphone se tornou essencial em nosso dia a dia, proporcionando facilidade e praticidade em várias atividades. Ter um bom celular é quase como carregar um universo de possibilidades no bolso, facilitando nossa vida de maneiras cada vez mais inovadoras.
Como manter uma relação saudável com o celular
O debate sobre ter uma relação saudável com o celular não é tão recente e, mesmo assim, parece que as pessoas estão cada vez mais online e menos no mundo real. Convenhamos, fazer um detox das redes sociais ou trocar o telefone móvel por um modelo antigo e com menos recursos não é uma solução viável, até mesmo por causa do trabalho. Então seria possível não ser refém da tecnologia e ainda fazer uso dela todos os dias? De acordo com especialistas consultados pelo The New York Times, sim.
1 – ‘Eu realmente preciso fazer isso agora?’
Essa é a pergunta que você deve fazer quando se der conta que ficou tanto tempo rolando o feed do Instagram que já sabe como está a vida da tia-avó de um amigo da terceira série. É normal pegar o aparelho celular sem nem perceber, mas é preciso notar quando isso acontece e controlar esses impulsos. Se tornando consciente do que você está prestes a fazer, você interrompe um interruptor comportamento automático e desperta a parte do cérebro responsável pelo autocontrole. A dica é do Richard J. Davidson, fundador e diretor do Centro para Mentes Saudáveis da Universidade de Wisconsin-Madison.
2 – Não use o celular enquanto dirige, nem enquanto caminha, nem no trajeto do ônibus…
Anna Lembke, professora de psiquiatria e medicina anti-dependência da Universidade de Stanford, disse ao jornal americano que um dos maiores problemas do vício em smartphones é o uso ‘em movimento’. ‘Estamos perdendo uma riqueza de informações e sinais no mundo que nos rodeia, e também nos privando da oportunidade de processar e interpretar o que vivenciamos’, disse. Ou seja: evite usar o smartphone enquanto estiver caminhando de uma reunião para a outra, enquanto passa um café, enquanto caminha na esteira e, se quiser ousar um pouco, desligue o celular enquanto estiver no trajeto do ônibus.
3 – Pausas tecnológicas
Assim como o detox digital ou a troca para um aparelho celular não ‘smart’ não é nada viável hoje em dia, ficar longe de aplicativos que você usa no dia a dia por muito tempo pode ser bem difícil – mas focar em outra coisa por dez minutinhos é bem mais fácil. O neurocientista da Universidade da Califórnia Adam Gazzaley sugere agendar pausas tecnológicas de dez a 15 minutos no dia – mesmo que você programe essas pausas no seu próprio smartphone, como um lembrete ‘Fazer uma caminhada sem o telefone’.
4 – Controle o ambiente
Se fosse fácil confiar apenas na nossa própria força de vontade, tudo seria muito mais fácil. Mas ajustar o ambiente ao nosso redor, segundo James A. Roberts, especialista em comportamento do consumidor da Baylor University, facilita bastante. Agendar o alarme do dia seguinte no celular é crucial, mas deixar o aparelho celular em outro cômodo à noite pode ser uma estratégia eficaz para evitar a tentação de ficar checando notificações até tarde. Afinal, um pouco de autocontrole e ajustes no ambiente podem fazer toda a diferença para uma relação saudável com a tecnologia.
Fonte: © CNN Brasil
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