Ronnie Lessa está preso desde 2019 por matar Marielle Franco e Anderson Gomes, em um caso de delação homologada e interesse imobiliário.
O antigo policial militar Ronnie Lessa declarou que os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão colocaram Marielle Franco como uma ‘obstáculo’ à expansão e negócios dos milicianos. Em delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Lessa admitiu ser o autor do assassinato de Marielle Franco e apontou os irmãos Brazão como mandantes do homicídio.
A revelação de Lessa sobre a participação dos irmãos Brazão no homicídio da vereadora Marielle Franco trouxe à tona novos detalhes sobre o caso que chocou o país. A justiça está investigando a fundo as conexões entre os envolvidos nesse crime hediondo. pedras preciosas
Franco, Marielle;: Revelações da delação e o assassinato da vereadora
O programa televisivo O Fantástico, transmitido pela TV Globo, apresentou partes importantes da delação no domingo, 26 de maio. Ronnie Lessa encontra-se detido desde março de 2019, sob a acusação de estar envolvido no homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A delação feita por Lessa foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em seu depoimento, Lessa mencionou que o mandante do assassinato buscava a regularização de um condomínio na região de Jacarepaguá, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, desconsiderando o critério de área de interesse social. O intuito por trás disso seria obter o título de propriedade para fins de especulação imobiliária. Segundo ele, ‘A Marielle foi colocada como uma pedra no caminho.’ Lessa afirmou que Marielle havia convocado diversas reuniões com líderanças comunitárias para discutir o assunto, visando evitar a expansão de novos loteamentos controlados pela milícia.
Ronnie Lessa também revelou que seria um dos proprietários do empreendimento, que, de acordo com suas palavras, poderia gerar uma receita de até R$ 100 milhões. Ele mencionou planos para explorar serviços como gatonet, kombis e venda de gás. A importância estratégica residiria na manutenção da milícia, que garantiria apoio político. Lessa ressaltou que não foi contratado como assassino de aluguel, mas sim para participar de um empreendimento conjunto.
Além disso, Lessa relatou ter participado de três encontros com Chiquinho e Domingos Brazão para planejar o assassinato de Marielle Franco. A Polícia Federal não conseguiu confirmar essas reuniões, que teriam ocorrido em 2018. Chiquinho Brazão é deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, enquanto Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ambos foram presos em março deste ano no contexto da Operação Murder Inc, conduzida pela Polícia Federal.
Em uma reviravolta, no dia 10 de maio, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra os irmãos Brazão pelos crimes de homicídio e organização criminosa. Lessa destacou que ‘O Domingos fala mais, e o Chiquinho concorda’ durante os encontros. Posteriormente, em 16 de maio, o procurador-geral Paulo Gonet enviou um adendo à denúncia sobre o assassinato ao STF. Neste adendo, ele solicitou que a Justiça estabeleça um valor de indenização para os familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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