Ex-atacante, preso por estupro, finalizou isolamento na Penitenciária 2 de Tremembé, aguarda decisão sobre extradição para a Itália.
Depois de sair do isolamento na penitenciária 2 de Tremembé no último domingo, o Robinho agora passa a dividir a cela com outro detento e já está autorizado a receber visitas de seus familiares. Preso desde o dia 21 de novembro para cumprir a pena de nove anos pelo estupro de uma mulher cometido na Itália em 2013, o Robinho enfrentou um período de dez dias sem contato com outros presos enquanto estava isolado.
O agora ex-atacante Robinho conseguiu sair do isolamento e está vivendo uma nova rotina na prisão. Mesmo detido, ele já pode receber visitas e ter a companhia de outro apenado na cela.
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+ Robinho poderá exercer atividades de jardinagem e produção de roupas Segundo as informações divulgadas pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) de São Paulo, o ex-atacante está acomodado em uma cela de oito metros quadrados e, após a apresentação da documentação conforme as normas do Regime Interno Padrão da SAP, ele já tem autorização para receber visitas nos finais de semana.
Os dados da secretaria indicam que a penitenciária em que Robinho se encontra tem capacidade para 348 detentos, porém atualmente abriga 283 pessoas.
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+ Do Superior Tribunal de Justiça a Tremembé: os 36 horas que mudaram o curso da vida de Robinho O ex-atacante iniciou o cumprimento da sentença de condenação na Itália assim que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) homologou o veredicto para aplicação no Brasil.
A defesa de Robinho teve um pedido de Habeas Corpus rejeitado e continua buscando alternativas legais para que ele aguarde em liberdade até o trânsito em julgado da decisão do STJ.
Resumo do caso de Robinho
Robinho recebeu condenações em três instâncias judiciais da Itália por participar do estupro coletivo de uma mulher albanesa em 2013.
A sentença final, proferida pela 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação em Roma, remonta a janeiro de 2022, quando o jogador já havia retornado ao Brasil. No final do mesmo ano, o Ministério da Justiça italiano solicitou a extradição de Robinho, sendo essa solicitação negada pelo próprio Governo – pois a Itália não extradita seus cidadãos.
Posteriormente, as autoridades italianas recorreram ao STJ para homologar a sentença efeitos no Brasil. Esse pedido foi avaliado pela Corte Especial do STJ. A justiça brasileira não entra no mérito da condenação italiana imposta a Robinho. O ex-jogador alega que o ato foi consensual com a mulher e refuta a acusação de estupro. O incidente ocorreu em janeiro de 2013 na boate Sio Café, em Milão.
De acordo com as investigações, Robinho e outros cinco brasileiros estavam envolvidos no incidente. Além do ex-jogador, Ricardo Falco foi condenado a igual pena de nove anos de prisão. Falco também está sujeito a um pedido de extradição da Itália para cumprir a sentença no Brasil. O caso de Falco ainda não foi agendado para julgamento no STJ.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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