Jogador cumpre isolamento na penitenciária 2 de Tremembé, visita de familiares após 10 dias; oficinas de jardinagem e confecção de roupas ajudam na redução da pena.
Robinho está atualmente cumprindo sua sentença na penitenciária 2 de Tremembé, onde permanece isolado em uma cela de oito metros quadrados. O ex-jogador de futebol foi condenado a nove anos de prisão pelo crime de estupro ocorrido na Itália em 2013.
O caso de Robinho, ex-atacante da seleção brasileira, chocou o mundo do futebol e trouxe à tona questões sobre a conduta dos atletas fora dos gramados. Mesmo após a prisão, o jogador continua negando as acusações e aguarda o desenrolar do processo. A repercussão do caso Robinho ainda é tema de debates e reflexões sobre a responsabilidade dos ídolos esportivos perante a sociedade.
Detalhes da permanência de Robinho na penitenciária
Segundo informações da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), o ex-atacante Robinho deverá passar 10 dias em uma cela da penitenciária 2, que pode ser compartilhada com outro detento. Somente após esse período é que ele terá permissão para receber a visita de familiares. Como parte do seu processo de inclusão, Robinho receberá um número de matrícula e um kit padrão, contendo uniforme e materiais de limpeza e higiene. Suas três refeições diárias seguirão a alimentação padrão fornecida pela SAP, similar à dos demais presos.
Oportunidades de trabalho e estudo para Robinho na penitenciária
Na penitenciária de Tremembé, onde foi transferido após ser preso em Santos, Robinho terá acesso a diversas atividades, como oficinas de jardinagem e confecção de roupas. Além disso, os detentos têm a oportunidade de completar sua educação formal, desde o ensino fundamental até o médio, e participar de cursos profissionalizantes. De acordo com a Lei de Execuções Penais, cada dia de trabalho ou estudo realizado permite que os detentos ‘descontem’ dias de sua pena.
Cumprimento da pena e pedidos de recurso de Robinho
Por ter sido condenado a uma pena superior a oito anos, Robinho iniciou o cumprimento em regime fechado. Ele poderá progredir para o regime semiaberto após cumprir 40% desse tempo, aproximadamente em três anos e meio. A prisão do ex-atacante se deu após uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que homologou a sentença da Itália, condenando-o a nove anos de prisão pelo crime cometido em 2013.
A tramitação do pedido de Habeas Corpus de Robinho
Robinho recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) em busca de um Habeas Corpus, porém teve seu pedido negado pelo Ministro Luiz Fux. A defesa pretende apresentar um novo recurso, mas a previsão é que seja analisado apenas após a Páscoa. Os advogados insistem que Robinho tem direito de aguardar em liberdade até que a decisão do STJ transite em julgado. Além disso, pretendem questionar a homologação no STJ e podem levar o caso ao próprio STF.
Detalhes do caso de condenação de Robinho na Itália
O caso que levou à prisão de Robinho teve início em 2013, quando ele foi condenado em três instâncias da Justiça italiana pelo estupro em grupo de uma mulher albanesa. A sentença definitiva ocorreu em janeiro de 2022, quando ele já estava no Brasil. O pedido de extradição foi negado pelo Governo italiano, que não extradita seus cidadãos naturais. Após a negativa, os italianos acionaram o STJ para homologar a sentença no Brasil, processo que foi analisado pela Corte Especial. A Justiça brasileira não discute o mérito da condenação italiana. Robinho alega que a relação foi consensual e nega o estupro, com o crime ocorrendo em uma boate de Milão. Ao lado de outros brasileiros, ele foi acusado de participar do ato, resultando na condenação de nove anos de prisão.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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