Segunda prévia mostra crescimento anualizado do PIB de 1,3%, confirmando desaceleração econômica com dados da BEA.
O Produto Interno Bruto (PIB) trimestral do Brasil aumentou 0,8% no último trimestre de 2023, de acordo com os dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (31).
Os analistas econômicos projetam uma expansão maior do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o próximo ano, impulsionada pelo aumento do investimento e do consumo interno.
Revisão dos Dados do PIB: Economia Americana e Análise da Mensuração Corrigida BEA
Nesta segunda análise, que fornece dados mais abrangentes, é evidente que a economia dos Estados Unidos não está tão robusta quanto indicado na primeira divulgação, feita no final de abril. O relatório inicial apontava um crescimento de 1,6% do Produto Interno Bruto no período de janeiro a março deste ano, representando um acréscimo de 0,3 ponto percentual em relação à avaliação corrigida pelo Bureau of Economic Analysis (BEA).
O foco principal deste relatório é a revisão dos números referentes ao crescimento econômico e à inflação nos EUA, para determinar se houve uma perspectiva otimista ou pessimista, ou seja, se os indicadores estão mais fortes ou mais frágeis do que inicialmente divulgado. É crucial avaliar como esses dados se alinham com as expectativas do mercado, uma vez que surpresas positivas ou negativas impactam diretamente os investidores.
A primeira leitura do PIB no primeiro trimestre já havia ficado aquém das projeções do mercado, que apontavam para um aumento anual de 2,5% (em contraste com os 1,6% reportados). Os dados atuais reforçam a desaceleração da economia americana, o que pode levar o Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve (Fed) a considerar a redução das taxas de juros.
No quarto trimestre de 2023, o PIB registrou um crescimento anual de 3,4%, o que evidencia uma desaceleração significativa em relação ao período anterior. Essa desaceleração foi impulsionada principalmente pela queda nos gastos do consumidor, exportações e despesas dos governos locais e estaduais, além de uma redução nos gastos do governo federal. No entanto, houve um aumento nos investimentos em residências, enquanto as importações se aceleraram.
A análise mais recente revelou uma revisão para baixo de 0,1 ponto percentual no índice de preços de compras em comparação com a leitura anterior. Anteriormente, o índice anualizado estava em 3,1% no primeiro trimestre, mas agora foi corrigido para 3%, ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. As despesas de consumo pessoal (PCE), outro indicador-chave de inflação nos EUA, estão em 3,3%, também com uma revisão de 0,1 ponto percentual para baixo em relação às projeções anteriores.
Excluindo os preços de alimentos e energia, o núcleo do PCE foi ajustado na mesma proporção, passando de 3,7% para 3,6%. Apesar da revisão para baixo, os indicadores ainda apontam para uma forte aceleração da inflação americana entre o final de 2023 e o início deste ano. Um aspecto relevante do relatório é o aumento da poupança dos consumidores americanos em relação às leituras anteriores, o que sugere que, apesar do crescimento da renda média pessoal, a inflação está sob controle.
No entanto, a liberação desses fundos poderia exercer pressão altista sobre os preços, contribuindo para a inflação do consumo. O montante de renda pessoal disponível nos EUA, ou seja, o valor que as famílias têm disponível após o pagamento de despesas e obrigações, é um indicador fundamental a ser monitorado de perto para compreender a dinâmica econômica atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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