Especialista confirma: no Brasil, comunidade carente de tratamento contra câncer gratuito. CFM oferece consultas únicas para casais homoafetivos, incluindo fertilização in vitro e grávidez estabilizada, direitos reproductivos.
Professora da rede pública de Maricá, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, Marcele Cristina Dias Pereira atuava em uma comunidade carente quando uma mãe em tratamento de câncer entregou seu filho de 2 anos para ela cuidar. ‘Eu fui ficando, ficando, botei na escola, montei quarto’, relembra Marcele em entrevista à Agência Brasil. ‘Eu estava casada com a Renata e juntas decidimos buscar a reprodução assistida para realizar nosso sonho de sermos mães.’
Com o apoio da família e amigos, Marcele e Renata iniciaram o processo de fertilização in vitro. Após muita dedicação e superação, o casal finalmente conseguiu realizar o sonho da reprodução humana. ‘Foi um longo caminho, mas valeu a pena. Hoje, estamos felizes e realizadas com nossa família’, comemora Marcele, mostrando que o amor e a determinação podem superar qualquer desafio.
Explorando Novas Possibilidades na Reprodução Assistida
Marcele e Renata, após vivenciarem uma experiência marcante, decidiram reconsiderar a ideia de ter filhos. A descoberta de uma clínica de fertilização in vitro em promoção durante o mês de maio despertou nelas a curiosidade e a esperança de realizar o sonho da maternidade. A falta de conhecimento sobre métodos de reprodução assistida as levou a considerar diversas alternativas, desde ter um filho com um amigo até recorrer a um doador desconhecido.
Durante a consulta gratuita oferecida pela clínica, Marcele e Renata se depararam com um universo de possibilidades que antes lhes pareciam inacessíveis. Decidiram então investir na fertilização in vitro, escolhendo um doador que se assemelhasse a Renata, já que o óvulo seria de Marcele. Assim, o processo de fertilização in vitro foi realizado, resultando na tão desejada gravidez e no nascimento do pequeno Théo, que hoje tem 9 anos de idade.
A separação do casal quando Théo tinha apenas 3 anos não abalou a amizade e a parceria entre Marcele e Renata, que mantêm a guarda compartilhada do filho com muito carinho e respeito mútuo. A história de Marcele e Renata reflete o impacto positivo da reprodução assistida na formação de novas estruturas familiares e na celebração do Dia das Mães.
Assim como no caso dessas duas mulheres, a reprodução assistida tem sido fundamental para casais homoafetivos que desejam realizar o sonho da parentalidade. O reconhecimento da união estável homoafetiva como entidade familiar pelo Supremo Tribunal Federal em maio de 2011 abriu caminho para que casais do mesmo sexo pudessem ter acesso aos tratamentos de reprodução assistida.
A diretora médica da Clínica Fertipraxis Centro de Reprodução Humana, Maria do Carmo Borges, destaca a importância da divulgação e do acesso aos métodos de reprodução assistida para combater o preconceito e garantir que todas as formas de família sejam respeitadas e reconhecidas. Para Maria do Carmo, a reprodução assistida entre casais homoafetivos é uma realidade crescente no Brasil, representando uma conquista para a diversidade familiar.
Na Clínica Fertipraxis, cerca de 25% a 30% dos atendimentos são destinados a casais homoafetivos em busca de tratamentos de fertilização in vitro e outros métodos de reprodução assistida. A especialista em reprodução humana destaca que existem diversas opções para casais formados por mulheres que desejam ter filhos biológicos, como a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro.
A inseminação intrauterina consiste na introdução do sêmen do doador na cavidade uterina da mulher que irá gestar, permitindo a fertilização dos gametas dentro do organismo feminino. Já na fertilização in vitro, a mulher pode gestar seu próprio óvulo fertilizado com espermatozoide doado, possibilitando a realização do sonho da maternidade biológica. A rastreabilidade dos embriões é fundamental nesses processos, garantindo a segurança e a transparência em cada etapa do tratamento.
Fonte: @ Agencia Brasil
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