Pagamento de R$ 260 bilhões movimentará retorno do investimento em ativos, liquidação de classe, cenário macroeconômico e aumento de preços.
Hoje, quinta-feira (15), os investidores que adquiriram Tesouro Direto IPCA+ com vencimento em 2024 estão prestes a receber o retorno do investimento. O pagamento irá movimentar cerca de R$ 260 bilhões, conforme informações do Tesouro Nacional.
Para aqueles que desejam reinvestir o lucro obtido com esse título do Tesouro Direto, é importante analisar as melhores opções de investimento disponíveis no mercado. Dessa forma, é possível garantir uma rentabilidade ainda maior em seus investimentos.
Tesouro Direto: Estratégias de Investimento para Maximizar o Retorno
E, se há liquidação, há espaço para novos investimentos, seja em outros títulos da mesma classe de ativos ou outros produtos, no caso do investidor decidir reinvestir o lucro. O Tesouro IPCA+ 2024 vence hoje; saiba como receber. Fato é que o cenário atual não é o mesmo de quando o investidor obteve esses papéis que vencem hoje. E então, como escolher onde realocar esse dinheiro?
Para o Marcelo d’Agosto, consultor de investimentos, colunista do Valor Investe e comentarista da CBN, alongar o prazo do título é uma boa estratégia, dado o cenário macroeconômico mais incerto. Reaplicando no Tesouro Direto IPCA, o dinheiro fica seguro e rendendo. O investidor só precisa tomar cuidado com a liquidez. Dá para vender o Tesouro IPCA+ a qualquer momento, mas pelo preço de mercado, que não segue exatamente a taxa que você contratou, no caso de IPCA mais 6% ao ano.
Trocando em miúdos, a ideia de trocar o Tesouro Direto IPCA+ 2024 pelo 2029 é recomendada por d’Agosto. Ele completa que, para os próximos vencimentos, vale a pena o investidor considerar dar mais peso para o Tesouro Selic. ‘Esse sim pode ser vendido a qualquer momento com muito pouca chance de ter prejuízo com a volatilidade’.
A líder da área de análise da Investo, Raquel Zucchi, recomenda alongar o papel se o objetivo do investimento anterior ainda fizer sentido. Nesse caso, vale a pena diversificar os prazos. ‘Às vezes a gente subestima nossa necessidade de liquidez, então o reinvestimento precisa levar em consideração também a questão da meta que se tem para aquele dinheiro. Vou conseguir esperar um pouco mais e levar esse investimento até outro vencimento?’.
Com o papel mais curto pagando juros muito semelhantes ao título de longo prazo, a especialista recomenda que o reinvestimento fique numa zona mais confortável. ‘Quando o 2029 paga mais do que o 2045, quer dizer que o investidor entende que tem mais risco no curto prazo e as incertezas jogam a taxa para cima. Mas ainda assim, melhor não alongar ao extremo’.
Em todo caso, manter títulos atrelados à inflação ajuda o investidor a proteger a carteira contra o aumento de preços. Nesse período de vencimento, algumas ofertas de bancos e corretoras podem parecer tentadoras, mas o investidor precisa avaliar mais friamente nesses casos. ‘A sugestão é analisar não só o fato do produto ser isento de imposto de renda. Até porque existem outros títulos isentos. Para quem quer investir no curto prazo, o melhor são os títulos atrelados ao CDI, como o Tesouro Selic. Se a ideia é manter os recursos atrelados à inflação, o ideal é um investimento de quatro a cinco anos’, orienta d’Agosto.
De forma mais direta, o investidor pode pensar em manter as opções mais simples. Ter uma estratégia de longo prazo e ficar longe de produtos financeiros muito mirabolantes como CDCA (título vinculado ao agronegócio) e COE (Certificado de Operação Estruturada). Para quem está pensando em aproveitar a oportunidade para investir em Exchange Traded Fund (ETF) — um fundo de investimento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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