Evento celebra Dia Mundial do Refugiado com foco em países de origem, formas de violação e capitais de Repúblicas.
A síria Layla Al Najjar está há 4 anos no Brasil; o colombiano Diego Echezuria, há 6 anos; e, o sudanês Ibrahim Camara vive no país há 9 anos. Os três precisaram deixar os países de origem seja por conta de guerras, de conflitos sociais e econômicos ou das mais variadas formas de violação de direitos humanos e buscar refúgio no Brasil.
Além dos refugiados, o Brasil também recebeu um grande número de imigrantes nos últimos anos. Muitos deslocados e migrantes encontraram no país novas oportunidades e reconstruíram suas vidas longe das adversidades enfrentadas em suas terras natais.
Refugiados: Construindo uma Nova Vida
A jornada dos refugiados é marcada por desafios e superações. Camara, vindo da capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, encontrou no Brasil um lugar de refúgio. Após trabalhar em um restaurante no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro, ele agora tem sua própria barraca na Pedra do Sal. A luta diária de Camara reflete a realidade de muitos imigrantes que buscam uma vida melhor em terras estrangeiras.
Em meio ao Rio Refugia 2024, evento que celebra o Dia Mundial do Refugiado, Camara compartilha seus sonhos de empreendedorismo. Transferindo sua barraca para o evento, ele busca não apenas seu próprio sucesso, mas também a oportunidade de ajudar outros refugiados a se estabelecerem no Brasil. A perseverança e a determinação de Camara inspiram aqueles que enfrentam desafios semelhantes.
Ao lado de Camara, está Echezuria, representante da Venezuela, que chegou ao Brasil há 7 anos em busca de um recomeço. Com sua barraca de comida típica venezuelana, ele compartilha a história de sua jornada, destacando a falta de escolha que muitos deslocados enfrentam ao deixar seus países de origem. A diversidade de culturas e experiências presentes no Rio Refugia 2024 reflete a complexidade e a riqueza da comunidade de migrantes no Brasil.
O evento, realizado no Sesc Tijuca, reúne representantes de 12 países, oferecendo gastronomia, oficinas culturais e atividades para crianças. A presença de tantas nacionalidades destaca a importância da solidariedade e da integração entre diferentes povos. Enquanto Camara e Echezuria compartilham suas histórias, o mundo continua a testemunhar um aumento no número de refugiados e deslocados, um lembrete da necessidade de apoio e compreensão em escala global.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), mais de 120 milhões de pessoas estão atualmente deslocadas à força em todo o mundo. Esse número alarmante evidencia a urgência de soluções eficazes para crises humanitárias. Enquanto a comunidade internacional enfrenta o desafio de lidar com o aumento de refugiados e migrantes, iniciativas como o Rio Refugia 2024 destacam a resiliência e a determinação daqueles que buscam uma vida digna e segura em novas terras.
Fonte: @ Agencia Brasil
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