Atriz de 38 anos estrela série antológica do Globoplay, interpretando manicure que comete crime para garantir vida melhor para filha.
Belize Pombal passou por situações difíceis interpretando Geíza em Justiça 2, a série antológica do Globoplay que estreia em breve no streaming. Para a atriz de 38 anos, a história da personagem, uma manicure que comete um ato extremo para proteger sua filha, ecoa os desafios enfrentados no Brasil. Como uma mulher negra retinta, o racismo presente na trama é algo que a afeta profundamente.
O enredo de Geíza não apenas revela as nuances do racismo estrutural na sociedade, mas também lança luz sobre a complexidade do preconceito racial e da discriminação racial até mesmo em situações extremas. A interpretação de Belize Pombal levanta questões importantes e nos lembra da urgência de combater a intolerância étnica em todas as suas formas.
Racismo: Um Reflexo na Sociedade Contemporânea
Diante da realidade dolorosa do preconceito racial, discriminação racial e intolerância étnica que ainda permeiam nossa sociedade, a atriz Bella Campos ressalta a importância de reconhecer que tais situações não são ficção, mas sim uma triste realidade. Em um relato marcante, ela expõe a experiência de ter sofrido racismo em um restaurante, evidenciando como as questões relacionadas à cor da pele ainda estão presentes no dia a dia.
No contexto da série antológica do ‘Justiça 2’, vemos a personagem Geíza, interpretada brilhantemente por Belize Pombal, lutando incansavelmente por uma vida melhor para sua filha Sandra. Essa história expõe de forma visceral as lutas de mães solos e a busca por oportunidades em meio a um cenário marcado pela desigualdade e injustiça.
A trama se desdobra de forma impactante quando Geíza se vê em uma situação extrema ao perder sua filha. O manicure que mata Renato, interpretado por Filipe Bragança, desencadeia uma série de acontecimentos que expõem as feridas de um sistema permeado pelo racismo estrutural. O pedido de vingança de Abílio, interpretado por Danton Mello, revela as complexidades de uma sociedade marcada pela intolerância étnica.
Belize Pombal, atriz destaque da série, revela em entrevista sua jornada até a consagração na profissão. Desde suas aulas de teatro na infância até a decisão de seguir a carreira artística, ela enfrentou inúmeras barreiras, incluindo a falta de representatividade na área. Aos 20 anos, ingressou na Escola de Arte Dramática da USP, onde deu os primeiros passos rumo ao reconhecimento merecido.
Ao se unir ao grupo Os Crespos e expandir seu talento para o audiovisual, Belize evidenciou seu compromisso com a arte e a representatividade. Sua trajetória inspiradora ressalta a importância de ampliar as oportunidades para artistas negros, rompendo com os padrões que por muito tempo limitaram o número de artistas em ascensão no meio.
Com sua determinação e talento, Belize Pombal se destaca como uma voz potente na luta contra o racismo e a favor da diversidade no cenário artístico brasileiro. Sua história nos lembra que a arte tem o poder de provocar reflexões e transformações profundas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
Fonte: © Revista Quem
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