Ministros do Supremo Tribunal Federal dizem que insatisfações sociais legítimas são expressas por eventos em Brasília, afetando direitos e dignidade.
O Brasil enfrenta desafios sérios, e a democracia é o sistema que nos permite interagir e discutir essas questões. Os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, esteve em uma reunião onde discutiram sobre a importância da democracia em nossas vidas. Eles enfatizaram que a democracia permitiu a expressão legítima de insatisfações sociais, que, por sua vez, poderiam ajudar a entender os ataques às instituições.
Flávio Dino e Alexandre de Moraes, destacaram que a democracia é um sistema que valoriza a voz dos cidadãos, permitindo que eles expressem suas opiniões e participem ativamente da vida pública. No entanto, eles também reconheceram que o sistema também pode ser aumentado por insatisfações que podem ser legítimas, porém, se transformam em ataques às instituições. Eles enfatizaram a importância de perceber a democracia como um sistema que pode ser melhorado e adaptado às necessidades da sociedade, mas também que é preciso proteger as instituições fundamentais da ordem democrática, como o Supremo Tribunal Federal.
Democracia: o que está em jogo
O evento em Brasília, organizado pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (Ieja), reuniu especialistas para discutir o estado da democracia no país. O ministro Flávio Dino, presente no evento, destacou a importância de refletir sobre as instituições e seu papel na sociedade. Segundo ele, regimes extremistas costumam se aproveitar de insatisfações populares para corroer as instituições de dentro para fora.
A erosão das instituições
As instituições, essenciais para o funcionamento de uma democracia, estão sendo corroídas por um populismo extremista que aprendeu com os erros dos regimes nazista e fascista. Este populismo não ataca o sistema diretamente, mas sim o corroe por dentro. O ministro Flávio Dino salientou que o crescimento desse fenômeno é alarmante e que as instituições devem ser preservadas para evitar o colapso da democracia.
Problemas sociais e críticas à democracia
Problemas sociais, como a falta de emprego e a concentração de renda, contribuem para a crítica da parcela da população em relação às instituições. De acordo com o ministro, as democracias começaram a falhar quando a concentração de renda se tornou excessiva. Além disso, a inclusão de grupos marginalizados, como as mulheres, aumentou a competição pelo emprego e reduziu os salários.
A promessa de uma vida digna
O Estado não cumpre a promessa de garantir direitos e dignidade a todos, o que pode se voltar contra as instituições e o modelo político. O ministro Flávio Dino afirmou que as instituições não têm sido capazes de garantir direitos e dignidade para toda a população, sobretudo para os mais jovens. A próxima geração, dos filhos e netos, não tem certeza de viver melhor que os pais e avós.
O desafio do liberalismo
O avanço tecnológico é um fator que impacta a sociedade e as instituições. O ministro destacou que o liberalismo, que é a base do modelo político adotado no país, precisa ser potencializado para superar os desafios sociais. Caso contrário, o sistema pode perecer. O principal impasse do nosso tempo é a eficácia do liberalismo em face dos fatores sociais.
Fonte: © Conjur
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