Opinião diverge do governo, que apoia a vitória. Defende-se a mudança na lei, reconhecimento da arbitragem e forças auxiliares para enfraquecer leis trabalhistas.
Recentemente, a população participou de um importante referendo, onde foram abordadas diversas questões de interesse nacional. Mesmo com a aprovação da maioria das propostas apresentadas, incluindo mudanças significativas e necessárias, houve discordância em relação a determinadas medidas. A votação revelou pontos de vista distintos dentro do país, demonstrando a diversidade de opiniões existente.
Para alguns setores, a derrota em dois temas específicos foi considerada crucial, impactando diretamente no futuro do país. A discussão sobre a legislação trabalhista e a abordagem em relação ao reconhecimento da arbitragem internacional despertaram debates acalorados e opiniões divergentes. Mesmo com a votação expressiva a favor do governo, a análise detalhada das propostas revelou nuances importantes que não passaram desapercebidas pela população atenta.
Resultados do Referendo no Equador: Impacto nas Questões de Segurança e Trabalho
A posição da oposição contrasta com a do governo, que tem defendido a vitória na votação desse domingo (21). ‘Obrigado Equador por seu respaldo a uma política de segurança e luta contra a corrupção’, escreveu o presidente em uma rede social. As medidas ainda precisam passar por aprovação do Parlamento.
Aprovação e Derrota: Análise dos Resultados do Referendo
A população aprovou medidas como a extradição de equatorianos, a limitação para redução de penas, o endurecimento da punição contra crimes como terrorismo, assassinato e tráfico de drogas, além de defender que as Forças Armadas sejam forças auxiliares no combate ao narcotráfico. As propostas foram feitas após a última onda de violência que aterrorizou o país em janeiro deste ano.
O partido Revolução Cidadã, principal legenda de oposição do país, argumentou que todas essas mudanças poderiam passar pela Assembleia Nacional sem problemas e o que o presidente de fato queria era fragilizar a legislação trabalhista e permitir que fóruns internacionais julguem questões de interesse das empresas transnacionais no Equador.
Repercussões da Derrota e Fragilização da Legislação Trabalhista
‘Não Daniel, a equipe ganhadora foi o povo equatoriano que disse não à precarização laboral e não a beneficiar as multinacionais com o dinheiro dos equatorianos’, escreveu, em uma rede social, Luisa González, candidata derrotada por Noboa na eleição presidencial.
O ex-presidente Rafael Correa, principal nome do Revolução Cidadã, em entrevista a uma rádio local do país nessa segunda-feira (22), argumentou que as Forças Armadas já atuam em conjunto com a polícia contra o crime e que as perguntas sobre segurança eram secundárias.
Reconhecimento da Arbitragem Internacional e Mudanças na Legislação Trabalhista
Com 65,5% de votos não e 34,5% sim, o povo equatoriano rejeitou reconhecer a arbitragem internacional como método para solucionar controvérsias em matéria de investimento, contratuais ou comerciais. A segunda pergunta em que o não venceu, com 69,6% contra 30,4%, permitia o contrato de trabalho por prazo fixo e por hora. Os críticos argumentam que isso fragilizava os direitos trabalhistas.
A socióloga equatoriana Irene León, diretora da Fundação de Estudos, Ação e Participação Social do Equador (Fedaeps), argumentou, em entrevista à Agência Brasil nesta segunda-feira (22), que a população entendeu que a arbitragem internacional não é benéfica para o país.
Fonte: @ Agencia Brasil
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