Empresa de Elon Musk não cumpriu ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes para ter representante legal no Brasil no antigo Twitter.
A rede social X está enfrentando interrupções desde as primeiras horas deste sábado (31). Usuários das operadoras Vivo e Claro estão percebendo a instabilidade da plataforma, que lembra o antigo Twitter.
Os usuários da rede estão se mobilizando para entender o que está acontecendo com a plataforma virtual. A comunidade online está compartilhando informações e buscando soluções para a instabilidade da rede social X.
Rede Social X: Suspensão e Tensão com Moraes
A suspensão da plataforma de mídia social X foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em 30 de agosto. A medida vale até que a rede cumpra as ordens judiciais, pague multas e indique um representante no país. Adquirido pelo bilionário Elon Musk em 2022, o X, antigo Twitter, não divulga seu número de usuários, mas estima-se que haja cerca de 20 milhões no Brasil, um dos principais mercados online do mundo.
A saga que culminou na suspensão teve início em 17 de agosto, quando a rede social anunciou o fechamento de seu escritório no Brasil, alegando ameaças de prisão à então representante legal da empresa no país. Em resposta, o STF intimou a empresa a indicar um novo representante em 24 horas, marcando o perfil de Musk na plataforma, algo inédito segundo o tribunal.
Moraes determinou o bloqueio das contas da Starlink, empresa de Musk que fornece internet via satélite, como garantia para o pagamento das multas aplicadas contra o X. Após o prazo de 24 horas, a rede social se recusou a seguir as ordens do ministro, alegando ilegalidade e aguardando o bloqueio iminente no Brasil. Musk prometeu que a Starlink seria gratuita para os assinantes brasileiros afetados pelo bloqueio.
Em 30 de agosto, Moraes deu 24 horas para a Anatel e as operadoras de telecomunicações retirarem o X do ar, com multa de R$ 50 mil para quem tentasse contornar o bloqueio. A tensão entre Moraes e Musk cresceu devido à desobediência da rede social às determinações judiciais e às multas acumuladas. Juristas criticaram a decisão de Moraes contra a Starlink, que recorreu ao STF sem sucesso.
A suspensão de uma rede social por ordem judicial não é instantânea. O processo envolve a Anatel repassando a ordem de bloqueio às operadoras, que devem suspender o acesso ao X. A maioria das operadoras consegue concluir o processo em até um dia útil, segundo Thiago Ayub, da Sage Networks. Moraes também deu prazos para Apple e Google removerem o aplicativo do X de suas lojas online e proibiu o uso de VPNs.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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