Cesta Básica: Inflação, IGP-M, dados; Controle, Autoridade monetária. Preocupações: força do mercado de trabalho, Min. Trabalho e Emprego, Pnad, produção industrial. Estados Unidos: decisão monetária. Relevantes: IGP-M, Dia do Trabalho, balanços. Tudo para iniciar dia informado. Inflação, preços, dados essenciais.
O início da semana traz consigo diversos eventos importantes tanto no Brasil quanto no mundo. Nesta segunda-feira (29), já temos disponíveis os dados inflacionários do IGP-M e de emprego do Caged, trazendo insights essenciais para análises econômicas. Além disso, ao longo dos próximos dias, há expectativa para mais dados inflacionários relacionados ao mercado de trabalho com a Pnad Contínua na terça-feira (30) e informações sobre a indústria na sexta-feira (3).
No cenário global, a atenção se volta para o impacto dos preços do petróleo na economia mundial. A volatilidade econômica tem sido uma constante, com diversos países monitorando atentamente a evolução dos preços e seu reflexo na economia global. Essa interconexão entre dados inflacionários e preços representa um desafio constante para os analistas de mercado e governos em todo o mundo.
Preocupações com a inflação e mercado de trabalho movimentam os mercados
No entanto, o que chama a atenção mesmo é a decisão monetária dos Estados Unidos, que acontece na quarta-feira (1). Ainda nesta semana, a temporada de balanços ganha tração no Brasil com alguns ‘bancões’ divulgando os resultados nos próximos dias. Lá fora, Amazon e Apple também divulgam seus números e podem mexer com a bolsa.
Na agenda corporativa, os investidores também devem repercutir hoje a notícia de que as Casas Bahia estão negociando uma recuperação extrajudicial com os bancos.
Hoje (29), às 8h, a Fundação Getulio Vargas divulga o IGP-M de abril, indicador conhecido como a ‘inflação do aluguel’. O mercado fica de olho especialmente após o IPCA-15, conhecido como ‘prévia da inflação’ mostrar um alívio na última semana. Os dados podem trazer pistas sobre a viabilidade de o Banco Central aumentar a magnitude dos cortes da Selic. Caso mais dados inflacionários venham sob controle, essa aposta ganha força.
Mas não é só na inflação que o BC está de olho. Há algum tempo, a autoridade monetária vem alertando sobre suas preocupações com a força do mercado de trabalho brasileiro e nesta segunda-feira, às 15h, o Ministério do Trabalho e Emprego divulga o resultado do Caged de março. Caso o indicador venha mais forte do que o esperado, a autoridade monetária pode entender que ainda há pressões inflacionárias fortes vindo por aí. A consequência disso, portanto, pode ser uma maior resistência em acelerar a queda da Selic.
Na agenda da semana, há ainda mais dados de trabalho, como a Pnad Contínua, que será divulgada amanhã (30), e indicadores de atividade, como a produção industrial, divulgada na sexta-feira (3).
Decisão monetária dos Estados Unidos e foco nos balanços das empresas
O ponto alto, no entanto, é a decisão monetária dos Estados Unidos que acontece na quarta-feira (1), dia em que o mercado brasileiro estará fechado por conta do Dia do Trabalho. Na última semana, a inflação medida pelo PCE, indicador favorito do Fed, veio melhor do que esperado, o que pode trazer certo alívio. Ainda assim, as apostas estão praticamente fechadas em uma manutenção dos juros como estão (em patamares recordes, diga-se de passagem). Mas o mercado fica de olho mesmo é no discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Por fim, a semana ainda é marcada por uma agenda corporativa importante. Hoje, o assunto do dia deve ser o pedido de recuperação extrajudicial das Casas Bahia junto aos bancos, que promete movimentar o pregão. Além disso, a semana conta com balanços relevantes. Por aqui, o Santander divulga seus resultados amanhã (30), mesmo dia em que a Amazon mostra seu balanço lá fora. Na quinta-feira (2) é dia de divulgação do Bradesco por aqui e da Apple nos EUA.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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