Secretaria de Educação do RS: 19% escolas softeram danos em mobiliário e equipamentos até quinta-feira, incluindo estragos em obras públicas. Reestruturação em andamento. (146 caracteres)
Além de todas as residências que precisarão ser reconstruídas após as enchentes no Rio Grande do Sul, um outro desafio se apresenta para o estado: a reestruturação de no mínimo 426 escolas estaduais que foram afetadas pela água.
É fundamental garantir que as instituições de ensino públicas sejam recuperadas o mais rápido possível para que os estudantes possam retornar às salas de aula. A comunidade escolar e os órgãos responsáveis devem unir esforços para reconstruir as escolas estaduais e proporcionar um ambiente seguro e adequado para a educação de qualidade.
Reestruturação de escolas estaduais devido a danos causados por temporais
O governo estadual informou que, devido aos estragos causados pelos temporais, a Secretaria de Obras Públicas não pôde realizar a vistoria necessária até o momento. A Secretaria de Educação Estadual destacou que a situação compromete o acesso às instituições de ensino, sem detalhar os danos específicos, que podem envolver mobiliário danificado, equipamentos comprometidos ou obras prejudicadas.
Até o momento, não há uma estimativa precisa do número de escolas públicas, municipais e privadas afetadas pela situação. De acordo com o Censo Escolar 2023, o Rio Grande do Sul conta com 2.345 escolas estaduais, das quais 954 (40,7%) foram impactadas de alguma forma pelos temporais em 236 municípios, seja com problemas de acesso ou danos físicos. Dentre essas escolas, 426 (18,2% do total) sofreram danos físicos, e 75 estão sendo utilizadas como abrigo para vítimas das inundações.
Mais de 330 mil alunos estão sem aulas, sendo que em Porto Alegre e outras regiões como São Leopoldo, Estrela, Guaíba, Cachoeira do Sul, Canoas e Gravataí, não há previsão para o retorno das atividades letivas. Em contrapartida, em locais como Uruguaiana, Osório, Erechim, Palmeira das Missões, Três Passos, São Luiz Gonzaga, São Borja, Ijuí, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta, Bagé, Santo Ângelo, Bento Gonçalves, Santa Rosa, Santana do Livramento, Vacaria, Soledade e Carazinho, as escolas já foram reabertas.
As inundações no estado resultaram em mais de 100 mortes, com 136 pessoas desaparecidas e 374 feridas. Os meteorologistas apontam que os temporais são consequência de diversos fenômenos, como uma onda de calor que bloqueia a saída da chuva, a atuação de um cavado sobre o Rio Grande do Sul, um corredor de umidade vindo da Amazônia e os efeitos do El Niño, que aqueceu o Oceano Pacífico e influenciou as mudanças climáticas na região.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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