Cantora anuncia presença no Palco Sunset em 13 de setembro, destacando potência do ritmo e o som das mulheres que lutam na cena musical.
Recentemente, a cantora Rebecca foi divulgada como uma das presenças confirmadas no Palco Sunset do Rock in Rio, mostrando mais uma vez a diversidade da cena musical presente no festival.
A participação de artistas como Rebecca no evento é fundamental para a valorização da arte negra e da música de favela, representando formas importantes de expressão e resistência dentro da cultura brasileira.
Celebrando a Cultura das Favelas e a Potência do Ritmo: Rebecca na Palma da Mari
A apresentação de Rebecca está agendada para o dia 13 de setembro, marcando o início da edição comemorativa de 40 anos do festival. Entre suas canções reconhecidas, destacam-se ‘Cai de Boca’ (2018), ‘Ao som do 150’ (2018) e ‘Deslizo e Jogo’ (2019). Originária do morro do São João, no Rio de Janeiro, a artista, aos 25 anos, despontou na cena musical ao entoar letras que celebram os desejos femininos sem receio de enfrentar a repreensão, o machismo e o preconceito.
Ao conceder uma entrevista exclusiva à CNN, Rebecca assegura que subirá ao palco para exaltar a cultura das favelas e a potência do ritmo. ‘Sou uma mulher preta, mãe e da favela, que aborda temas que considera importantes, combatendo o machismo, elevando outras mulheres e defendendo essas pautas’, revela. Para ela, é de suma relevância levar o funk a um evento de grande porte, que serve como uma vitrine significativa para o mundo.
Rebecca ressalta que a favela e o som característico das comunidades espalham a cultura não somente localmente, mas também internacionalmente, à medida que o funk vem conquistando cada vez mais destaque. Segundo ela, é fundamental que tais espaços valorizem a arte e o som característicos dessas regiões, e que sirvam como plataformas para enaltecer a cultura diversificada.
A Representatividade Feminina e Negra no Palco do Festival
Além de ser uma conquista pessoal, a participação de Rebecca no festival representa também as vozes de outras mulheres que lutam por reconhecimento e equidade. A artista acredita que a presença de uma artista negra no palco possui grande significado. É um momento de transmitir mensagens, evidenciar a força coletiva, exaltar outras mulheres e promover a representatividade negra no line-up do evento.
Mesmo diante de desafios, a cantora enfatiza que a confiança em seu talento e o propósito de demonstrar que é possível avançar foram fundamentais para sua trajetória, mantendo-se firme em seus objetivos. ‘Entendo que ser uma mulher preta no funk, interpretando 150, é uma declaração do meu poder, de minha identidade e de minha história’, afirma. Para ela, levar a voz das favelas para o mundo é uma maneira de mostrar que a cultura é resistência e a música é revolução.
Fonte: © CNN Brasil
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