Catástrofe: inundações atingiram pelo menos 268 centros de saúde no estado, causando mortes e necessitando transferência de pacientes. Alagamentos impedem atendimento, rescindem visitas e impõem racionamento de água. Regiões afetadas requerem segurança: barcos e helicópteros ajudam em remoção de pessoas críticas. ITI doadores oferecem solidariedade para estados em crise.
Em meio à crise que assola o Rio Grande do Sul, impactado por intensas chuvas que resultaram em inundações e perdas humanas, a população tem enfrentado o desafio do racionamento de água. As autoridades locais têm trabalhado incansavelmente para garantir o abastecimento da população e minimizar os impactos causados pelas enchentes.
Além disso, a situação tem levado a um aumento significativo no desabastecimento de água e na escassez de água, tornando ainda mais urgente a necessidade de ações rápidas e eficazes para garantir o acesso a esse recurso essencial. A solidariedade e a cooperação entre os cidadãos têm sido fundamentais para enfrentar essa difícil realidade, demonstrando a importância da união em momentos de crise.
Racionamento de Água: Desafios em Meio à Catástrofe das Inundações
Na luta pela vida, médicos e demais profissionais da saúde retomam estratégias adotadas durante a pandemia de covid-19, como restringir as visitas, mas se deparam com novos desafios, caso do racionamento de água por causa de problemas de abastecimento que afetam várias regiões. O balanço da noite de quinta-feira, 9, enviado pela Secretaria de Estado de Saúde, dava conta de 268 unidades de saúde, entre hospitais, unidades básicas e pronto-atendimentos, com registro de algum tipo de dano causado pelas tempestades. Nove hospitais tiveram de paralisar suas atividades. Localizado em Porto Alegre, o Hospital Mãe de Deus está entre as unidades fechadas.
Embora a inundação tenha atingido o subsolo, uma área sem pacientes, foi feita a remoção de quase 300 pessoas no último final de semana para outras instituições da capital por questões de segurança. O hospital estava sem luz e água. Na madrugada do sábado passado, 4, Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) foi invadido pela enxurrada e as 400 pessoas que estavam na unidade, 100 funcionários, 101 pacientes e moradores que buscaram abrigo no local, tiveram de ser resgatadas por barcos e helicópteros. Dos 88 pacientes internados, 13 estavam na UTI. Dois pacientes, que estavam em estado crítico, não resistiram e acabaram morrendo. O hospital, referência para 102 municípios da região, continua inundado e não é possível dimensionar os danos.
‘Nunca imaginei, em 30 anos de profissão médica e lidando com a emergência e situações de vulnerabilidade humana extrema, passar o que nossa equipe passou’, disse, em nota, o médico Álvaro Fernandes, diretor técnico do HPSC. ‘O que mais me chamou a atenção, dentro desse mar de emoções e desesperos, é o que o ser humano tem de mais essencial em sua característica: a intensa solidariedade para com os outros.’ Hospital de Pronto Socorro de Canoas estava com 400 pessoas, entre funcionários, pacientes e desabrigados, quando precisou ser evacuado (Hospital de Pronto Socorro de Canoas/Divulgação) ‘Parece um pesadelo’, diz médica intensivista Quem está dentro das unidades relata um cenário dramático e que cobra dos profissionais de saúde amplo conhecimento das condutas em situações de escassez na tomada de decisões. Médica intensivista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Hospital Independência, Ana Carolina Peçanha Antonio diz que a maior preocupação dentro da rotina hospitalar diz respeito ao risco de desabastecimento. Mesmo com a diminuição do nível do lago Guaíba, a cidade de Porto Alegre continua com pontos de alagamento e conta com uma via para entrada e saída para outras localidades. E as chuvas voltaram. ‘Esta semana foi extremamente desafiadora. Agora, está ligeiramente mais estável, mas vários insumos estão acabando e a gente está precisando recorrer à literatura médica e usar nossa criatividade para manter o nível de qualidade assistencial que é necessário para o atendimento dos nossos pacientes’, relata. Ana Carolina conta que o quadro no
Racionamento de Água e Desabastecimento: Impactos nas Unidades de Saúde
Hospital de Pronto Socorro de Canoas estava com 400 pessoas, entre funcionários, pacientes e desabrigados, quando precisou ser evacuado (Hospital de Pronto Socorro de Canoas/Divulgação) ‘Parece um pesadelo’, diz médica intensivista Quem está dentro das unidades relata um cenário dramático e que cobra dos profissionais de saúde amplo conhecimento das condutas em situações de escassez na tomada de decisões. Médica intensivista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Hospital Independência, Ana Carolina Peçanha Antonio diz que a maior preocupação dentro da rotina hospitalar diz respeito ao risco de desabastecimento. Mesmo com a diminuição do nível do lago Guaíba, a cidade de Porto Alegre continua com pontos de alagamento e conta com uma via para entrada e saída para outras localidades. E as chuvas voltaram. ‘Esta semana foi extremamente desafiadora. Agora, está ligeiramente mais estável, mas vários insumos estão acabando e a gente está precisando recorrer à literatura médica e usar nossa criatividade para manter o nível de qualidade assistencial que é necessário para o atendimento dos nossos pacientes’, relata. Ana Carolina conta que o quadro no
Fonte: @ Veja Abril
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