No Rio Grande do Sul, aproximadamente 6.800 quilombolas famílias sofreram com chuvas e enchentes, afetando 170 comunidades de remanescentes escravizados. Quinze delas estão completamente isoladas. Essas famílias perderam casas e se encontram com dificuldades devido a queda de pontes e estradas. Coordenada Nacional, Articulação das Comunidades Negras (Conaq) mobiliza-se para ajudar, unindo forças.
Todas as aproximadamente 6,8 mil famílias quilombolas do Rio Grande do Sul foram impactadas pelas chuvas e enchentes que atingem o estado. Das cerca de 170 comunidades compostas por descendentes de escravizados na região, quinze encontram-se totalmente isoladas devido aos desastres naturais.
Diante da situação de emergência, é fundamental que medidas de apoio sejam implementadas para auxiliar as famílias quilombolas afetadas. Além disso, é essencial garantir a segurança e o bem-estar dessas comunidades, que enfrentam desafios significativos devido às condições climáticas adversas.
Comunidades Quilombolas em Situação de Emergência
As dificuldades enfrentadas pelos quilombos atingidos pelas chuvas são evidentes. A Coordenação Nacional da Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) revela que o acesso a esses quilombos só é possível por barco ou helicóptero. Nas palavras de José Alex Borges Mendes, coordenador da organização na Região Sul, as famílias estão passando por momentos difíceis.
Em diversas comunidades, as famílias perderam suas casas e agora se encontram alojadas nas residências de parentes ou amigos. As estradas danificadas dificultam o acesso, tornando a situação ainda mais complicada. José Alex, do quilombo de Armada, no município de Canguçu (RS), relata que as comunidades estão isoladas devido às barreiras do trânsito.
A mobilização para ajudar uns aos outros é essencial nesse momento. A marcha Aquilombar 2024, que reuniria quilombolas em Brasília, teve a presença da comitiva gaúcha prejudicada pelas chuvas. A energia elétrica oscila, a água e os alimentos têm dificuldade para chegar, afetando não só o município de Canguçu, mas também outras regiões com comunidades quilombolas.
José Alex destaca a solidariedade entre as comunidades quilombolas, buscando apoiar aqueles que perderam suas casas e estão abalados. A perda das residências é um golpe duro, afetando não apenas a estrutura física, mas também a saúde mental das famílias. A imunização da dor e o apoio mútuo são essenciais para enfrentar essa situação.
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) está monitorando a situação das comunidades quilombolas atingidas pelas chuvas, buscando articular esforços para enviar cestas básicas e itens de primeira necessidade. A solidariedade e a união são fundamentais para superar as dificuldades enfrentadas pelas comunidades remanescentes de escravizados.
Fonte: © TNH1
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