Queimadas e seca histórica no Brasil elevam preços dos alimentos, afetando cultivo de cana-de-açúcar e criação de gado devido ao pasto seco, aumentando demanda por outros tipos e preços no atacado.
A combinação de queimadas com a seca histórica no Brasil tem causado um impacto significativo na economia do país, especialmente no setor agrícola. A alta nos preços dos alimentos é uma das consequências mais visíveis desse fenômeno, afetando diretamente a população brasileira.
Os incêndios florestais, que muitas vezes são causados por queimadas, têm contribuído para a degradação do meio ambiente e a perda de biodiversidade. Além disso, a combustão de biomassa durante esses incêndios libera grandes quantidades de gases de efeito estufa, agravando o problema do aquecimento global. O fogo que consome as florestas também destrói habitats naturais e ameaça a sobrevivência de espécies endêmicas. É fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir e controlar as queimadas e incêndios no Brasil, protegendo o meio ambiente e a economia do país.
Queimadas e Seca Histórica: O Impacto nos Preços dos Alimentos
A tendência é que os preços dos alimentos continuem a subir nos próximos meses devido ao aumento das queimadas e à seca histórica que afeta o país. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de calor mais que dobraram em relação a 2023, e o país enfrenta a pior seca dos últimos 44 anos. Isso afeta diretamente a produção de alimentos e insumos, como açúcar, carnes, feijão, leite e suco de laranja.
A economista Luciana Rosa de Souza, professora da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (Eppen) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acredita que não faltará produtos nas gôndolas dos supermercados, mas que os preços serão mais altos. As queimadas e a seca histórica estão dificultando a produção de alimentos e aumentando os custos para os produtores.
Queimadas e Incêndios: O Impacto no Cultivo de Cana-de-Açúcar
O aumento das queimadas tem feito o preço do açúcar cristal e refinado subir na Bolsa de Valores. A alta chegou a 2,36% em média, segundo a economista Luciana Rosa de Souza. Além disso, as queimadas também afetam o cultivo de cana-de-açúcar, que é um dos principais produtos do país. O Brasil é o maior produtor do mundo e lidera as exportações globais no segmento sucroalcooleiro. No estado de São Paulo, que lidera o cultivo, o fogo consumiu cerca de 80 mil hectares, causando um prejuízo estimado em R$ 800 milhões, segundo a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana).
Queimadas e Fogo: O Impacto na Criação de Gado
A seca e as queimadas também afetam a criação de gado, que é uma das principais atividades econômicas do país. Com o pasto seco, os pecuaristas precisam complementar a alimentação do gado com ração, o que é mais caro. Além disso, a criação de gado pode passar para o confinamento, que é mais caro. Isso pode aumentar os preços das carnes e afetar a inflação.
Queimadas e Combustão: O Impacto nos Preços dos Alimentos
A demanda por outros tipos de carne, como suína e de frango, pode aumentar, mas isso não deve pressionar a inflação, segundo o coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Andre Braz. Além disso, o aumento no preço do feijão pode chegar a 40% no atacado até o final de 2024, segundo a economista Luciana Rosa de Souza. As perdas que os agricultores tiveram acabam elevando os preços porque eles trabalham com margem de lucro e muitos riscos.
Fonte: @Olhar Digital
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