Jeffrey Odwazny fala à CNN sobre desafios desde a infância por vício em alimentos ultraprocessados e doces, segundo Escala de Vício em Alimentos de Yale.
O morador de São Paulo, Rafaela Silva, afirma que consome alimentos ultraprocessados diariamente, mesmo ciente dos riscos para a saúde.
Em uma sociedade cada vez mais dependente de comida processada e junk food, é importante conscientizar sobre os malefícios dos alimentos industrializados para o bem-estar a longo prazo.
Impacto dos Alimentos Ultratransformados na Saúde
A relação entre os alimentos ultraprocessados e os problemas de saúde tem sido cada vez mais evidente. Muitas pessoas, como o ex-supervisor de armazém de 54 anos, são atraídas por esses produtos, especialmente os doces, bolos e sorvetes. Ele descreve o impulso físico que sentia em direção a esses alimentos açucarados, revelando um padrão comum entre aqueles que lutam contra o vício alimentar.
Os alimentos ultraprocessados, conhecidos também como comida processada ou industrializada, estão presentes em embalagens atrativas e convenientes, o que pode facilitar o consumo excessivo. Esse padrão de consumo pode levar a um ciclo vicioso, onde o indivíduo se sente compelido a consumir esses produtos, mesmo que isso resulte em consequências negativas para sua saúde.
Estudos mostram que cerca de 12% das crianças e adolescentes nos Estados Unidos enfrentam um vício alimentar semelhante, de acordo com pesquisas baseadas na Escala de Vício em Alimentos de Yale. Essa escala, desenvolvida para diagnosticar o vício em alimentos, destaca a gravidade do problema e sua semelhança com outros distúrbios de dependência.
Ashley Gearhardt, professora de psicologia da Universidade de Michigan, destaca a intensidade dos desejos associados ao vício em alimentos ultraprocessados. Ela menciona que as crianças podem se envolver em comportamentos como esconder, roubar ou mentir sobre o consumo desses alimentos, evidenciando a natureza compulsiva desse transtorno.
Além disso, a pesquisa de Gearhardt revela que aproximadamente 14% dos adultos também são clinicamente viciados em alimentos, especialmente aqueles ultraprocessados com altos níveis de açúcar, sal, gordura e aditivos. Essa prevalência é comparável a outros distúrbios de dependência, como o alcoolismo, destacando a gravidade do problema.
O vício em alimentos ultraprocessados pode começar cedo na vida, com muitas crianças consumindo esses produtos desde tenra idade. A acessibilidade e o baixo custo desses alimentos podem contribuir para esse padrão, tornando-os uma opção conveniente para famílias com recursos limitados.
É importante reconhecer que o vício em alimentos ultraprocessados não é apenas uma questão individual, mas também uma questão de justiça social. A disponibilidade generalizada desses produtos pode impactar desproporcionalmente comunidades carentes, exacerbando os desafios de saúde pública relacionados à alimentação.
Diante desse cenário, é fundamental abordar o vício em alimentos ultraprocessados como um problema de saúde pública, implementando estratégias que promovam escolhas alimentares saudáveis e reduzam a dependência desses produtos prejudiciais. A conscientização sobre os riscos associados aos alimentos ultraprocessados é o primeiro passo para promover uma alimentação equilibrada e prevenir os impactos negativos na saúde a longo prazo.
Fonte: © CNN Brasil
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