Iniciativa: Quando medo de enchentes traz doenças como leptospirose, hepatite A e respiratórias. Conselho Federal de Medicina (CFM) promove campanha, mulheres idosas se inscrevem para atuar como voluntários. Temor de ondas de doenças emRS. CRMs preocupados: superlotação de hospitais e postos de saúde, medicina legal, calamidade pública. Logística: deslocamento, hospedagem, alimentação, suporte operacional. Circular solicitação visto temporário. CFM, Força Nacional SUS actua.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Cerca de 3.000 médicos de diversas regiões do Brasil se disponibilizaram para auxiliar no atendimento às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, em uma iniciativa organizada pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pelos conselhos regionais.
Diante da solidariedade dos médicos brasileiros que se inscreveram para participar como voluntários, a ação coordenada pelo CFM visa garantir um suporte médico eficaz e humanitário para a população afetada. A mobilização dos médicos inscritos demonstra a importância do trabalho voluntário na área da saúde, especialmente em situações de emergência como essa.
Médicos brasileiros se voluntariam para atuar como voluntários em apoio às vítimas das chuvas no RS
A mobilização de médicos brasileiros para atuar como voluntários em apoio às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul tem sido uma ação crucial diante do temor de uma possível onda de doenças como leptospirose, hepatite A e doenças respiratórias, além da superlotação de hospitais e postos de saúde na região.
Até o momento, 2.804 médicos inscritos demonstraram interesse em participar da iniciativa, sendo a maioria proveniente de São Paulo (738), Minas Gerais (329) e do próprio Rio Grande do Sul (264), conforme dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Dentre os inscritos, 1.498 possuem até 35 anos de idade, e 1.600 são mulheres, habilitados para atendimentos em diversas áreas da medicina, incluindo UTI e medicina legal.
A logística para a atuação dos médicos voluntários tem sido uma preocupação central, com 59% deles possuindo experiência em calamidade pública. Na última sexta-feira, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, entregou a lista dos médicos inscritos ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e ao governador Eduardo Leite, visando garantir o suporte operacional necessário para esses profissionais.
Com mais de 150 especialistas em cirurgia-geral e 200 em clínica geral entre os inscritos, a disponibilidade imediata para iniciar os trabalhos voluntários é de 26%, enquanto 28% estão prontos para atuar dentro de uma semana. Quanto à duração do apoio, 28% dos médicos podem atuar por até 15 dias, 10% por até 30 dias e 18% por tempo indeterminado.
José Hiran Gallo ressaltou a importância desse contingente de profissionais para socorrer as vítimas da tragédia, destacando a qualificação, juventude e disponibilidade dos médicos voluntários. Para facilitar a atuação, o CFM emitiu uma circular dispensando a solicitação de visto temporário para os médicos de fora do Rio Grande do Sul, simplificando o processo de comunicação entre os conselhos regionais.
Além da ação do CFM, o Ministério da Saúde também está convocando voluntários para atuar no RS por meio da Força Nacional do SUS, exigindo experiência em atendimento de emergência pré-hospitalar e hospitalar, bem como vínculo público e Equipamentos de Proteção Individual. Essas medidas visam garantir um apoio eficaz e coordenado às vítimas das enchentes no estado.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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