Complicações raras da cirurgia bariátrica incluem desnutrição e hipoglicemia severa, podendo exigir reversão do procedimento e avaliação multidisciplinar.
A realização da cirurgia bariátrica pode ser uma solução eficaz para pessoas que lutam contra a obesidade, especialmente aquelas com IMC acima de 30. A intervenção cirúrgica é uma alternativa para pacientes que não obtiveram sucesso com outros métodos de perda de peso.
A cirurgia de redução de estômago é um procedimento que faz parte do arsenal de opções para tratar a obesidade, proporcionando uma nova chance de saúde e qualidade de vida para muitos indivíduos. A cirurgia para obesidade é considerada um recurso importante para combater as complicações decorrentes do excesso de peso.
Reversão da Cirurgia Bariátrica: Quando se Faz Necessária?
No entanto, em raras situações, ela pode causar complicações graves, sendo necessária a reversão da cirurgia bariátrica.De acordo com Fábio de Oliveira Rodrigues, especialista em cirurgia bariátrica e titular da SBCBM, entre as complicações raras e graves que a cirurgia bariátrica estão a desnutrição e a hipoglicemia severa (baixo nível de glicose no sangue).
Leia Mais Combate à obesidade vai além da luta para mudar estilo de vida, dizem cientistas Cirurgia bariátrica traz benefícios para pessoas com diabetes, diz estudo Cirurgia bariátrica pode melhorar funções cognitivas, sugere estudo É nesses casos que a reversão da cirurgia bariátrica passa a ser indicada.
‘Em congressos recentes, temos vistos alguns pacientes que estão pedindo para reverter a cirurgia bariátrica e a grande discussão é essa: quando essa reversão passa a ser necessária. No caso, pode ser indicada em quadros mais graves de desnutrição e de hipoglicemia’, afirma Rodrigues.A reversão da cirurgia bariátrica é feita a partir do reestabelecimento do trânsito intestinal do paciente.
‘Na cirurgia bariátrica, o alimento não passa mais no duodeno [tubo oco que se liga ao estômago e o jejuno e onde ocorre a maior parte do processo digestivo]. Na reversão, vamos fazer o alimento voltar a passar no duodeno’, explica Rodrigues.Como funciona a cirurgia bariátrica e quando ela pode trazer riscos à saúde?A cirurgia bariátrica é um dos tratamentos de obesidade grave. Ela também é conhecida como ‘redução do estômago’ porque reduz a capacidade do órgão de receber os alimentos, dificultando a absorção de um número alto de calorias.
Ela é indicada para pacientes com obesidade de grau I a grau III, de acordo com as seguintes diretrizes da SBCBM:IMC de 30 a 34,9 (Obesidade Grau I): Para ser elegível à cirurgia metabólica, o paciente obrigatoriamente precisa ser ter diabetes tipo 2.Nesse caso, o procedimento é chamado de cirurgia metabólica, com o foco no tratamento do diabetes;IMC de 35 a 39,9 (Obesidade Grau II): O paciente precisa ter pelo menos uma comorbidade associada à obesidade, tais como hipertensão, diabetes, esteatose hepática (gordura no fígado), dislipidemia, apneia do sono, entre outras;IMC maior que 40 (Obesidade Grau III): Nesses casos, não é necessária a comprovação de comorbidades.A própria obesidade, independente de doenças associadas, já é indicação para a cirurgia.Atualmente, existem quatro técnicas principais para a cirurgia bariátrica, que são:Bypass Gástrico: Criação de uma pequena bolsa estomacal ligada ao intestino delgado, reduzindo a ingestão e absorção de alimentos;Sleeve Gástrico: Remoção de cerca de 75% do estômago, limitando a quantidade de comida que pode ser ingerida;Banda Gástrica Ajustável: Colocação de uma banda ao redor da parte superior do estômago para restringir a ingestão alimentar, mas tem perdido popularidade devido à menor eficácia a longo prazo;Duodenal Switch: Remoção de grande parte do estômago com alterações no intestino para reduzir a absorção de nutrientes, sendo reservado para casos específicos devido à sua complexidade.’É importante destacar que, além do IMC e das comorbidades, a SBCBM enfatiza a necessidade de uma avaliação multidisciplinar rigorosa antes da cirurgia. Essa avaliação inclui exames físicos, psicológicos e nutricionais para garantir que o paciente esteja apto para o procedimento e para o acompanhamento pós-operatório, que é fundamental para o sucesso do tratamento’, explica o especialista.Quando a avaliação pré-operatória é bem conduzida e acompanhada de uma equipe multidisciplinar, é possível identificar os perfis de pacientes com riscos de desenvolver complicações graves a partir da cirurgia bariátrica e fazer os ajustes necessários antes da cirurgia ou, em casos específicos, contraindicar o procedimento, segundo Rodrigues.De acordo com as estatísticas da SBCBM, a taxa de complicações graves após a cirurgia bariátrica é relativamente baixa, variando de 0,1% a 0,5% para morte e de 4% a 6% para complicações severas.’A preparação adequada do paciente e a escolha de um centro especializado e equipe qualificada são fundamentais para minimizar riscos e promover um desfecho cirúrgico bem-sucedido’, completa.Além disso, a cirurgia bariátrica pode causar complicações imediatas, relacionadas ao procedimento cirúrgico e que, geralmente, ocorrem nos primeiros 15 dias após a cirurgia, conforme explica o especialista.’As principais complicações imediatas incluem sangramento e fístulas, que muitas vezes exigem reinternações clínicas ou mesmo um novo procedimento cirúrgico para controle dos danos.’
Benefícios da Cirurgia Bariátrica para Obesidade e Diabetes
No entanto, em situações excepcionais, a cirurgia de redução de estômago pode levar a complicações graves, resultando na necessidade da reversão da cirurgia bariátrica.De acordo com Fábio de Oliveira Rodrigues, especialista em cirurgia para obesidade e membro da SBCBM, entre as complicações raras e sérias que podem surgir após a cirurgia bariátrica estão a desnutrição e a hipoglicemia severa (baixos níveis de açúcar no sangue).
Leia Mais Combate à obesidade vai além da luta para mudar estilo de vida, dizem cientistas Cirurgia bariátrica traz benefícios para pessoas com diabetes, diz estudo Cirurgia bariátrica pode melhorar funções cognitivas, sugere estudo Em alguns casos, a reversão da cirurgia bariátrica pode ser recomendada para tratar essas complicações mais graves de desnutrição e hipoglicemia.No entanto, é fundamental destacar que a cirurgia para obesidade é uma opção eficaz para pacientes com obesidade de grau I a grau III, como descrito nas diretrizes da SBCBM:IMC de 30 a 34,9 (Obesidade Grau I): Para ser submetido à cirurgia metabólica, é obrigatório que o paciente tenha diabetes tipo 2.Nesses casos, a intervenção é conhecida como cirurgia metabólica, com ênfase no tratamento da diabetes;IMC de 35 a 39,9 (Obesidade Grau II): O paciente deve apresentar pelo menos uma comorbidade relacionada à obesidade, como hipertensão, diabetes, esteatose hepática, dislipidemia, apneia do sono, entre outras;IMC maior que 40 (Obesidade Grau III): Nestes casos, a existência de comorbidades não precisa ser comprovada.A própria obesidade, independentemente de doenças associadas, já é motivo suficiente para considerar a cirurgia.No momento, há quatro técnicas principais para a cirurgia bariátrica, que são:Bypass Gástrico: Criação de uma pequena bolsa estomacal ligada ao intestino delgado, o que reduz a ingestão e absorção dos alimentos;Sleeve Gástrico: Remoção de aproximadamente 75% do estômago, limitando a quantidade de comida que pode ser ingerida;Banda Gástrica Ajustável: Colocação de uma banda ao redor da parte superior do estômago para restringir a ingestão alimentar, porém, sua popularidade tem diminuído devido à menor eficácia a longo prazo;Duodenal Switch: Remoção de grande parte do estômago com modificações no intestino para diminuir a absorção de nutrientes, sendo reservado para situações específicas devido à sua complexidade.’Vale ressaltar que, além do IMC e das comorbidades, a SBCBM destaca a importância de uma avaliação multidisciplinar abrangente antes da cirurgia. Essa avaliação envolve exames físicos, psicológicos e nutricionais para garantir que o paciente esteja apto para o procedimento e para o acompanhamento após a operação, o qual é crucial para o sucesso do tratamento’, afirma o especialista.Uma avaliação pré-operatória minuciosa, conduzida por uma equipe multidisciplinar, possibilita identificar os pacientes com maior risco de desenvolver complicações sérias em decorrência da cirurgia bariátrica e tomar as medidas necessárias antes da operação ou, em situações específicas, contraindicar o procedimento, de acordo com Rodrigues.Conforme dados da SBCBM, a taxa de complicações graves após a cirurgia bariátrica costuma ser baixa, variando de 0,1% a 0,5% para mortalidade e de 4% a 6% para complicações severas.’É essencial a preparação adequada do paciente e a seleção de um centro especializado e uma equipe qualificada para reduzir os riscos e promover um desfecho cirúrgico bem-sucedido’, completa.Os riscos da cirurgia bariátrica podem incluir complicações imediatas, relacionadas ao procedimento cirúrgico e que geralmente surgem nas primeiras duas semanas após a cirurgia, explicadas pelo especialista.’As principais complicações imediatas envolvem sangramento e fístulas, que muitas vezes requerem reinternações clínicas ou até mesmo um novo procedimento cirúrgico para controlar os danos.
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Fonte: © CNN Brasil
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