O Banco Central aumenta segurança do meio de pagamento Pix com canal eletrônico para evitar fraudes e informar clientes sobre cuidados.
O pix, método de pagamento instantâneo do Banco Central, será aprimorado a partir de 1º de novembro deste ano para combater possíveis fraudes e garantir mais segurança aos usuários. Uma das principais alterações que impactam diretamente os clientes está relacionada ao dispositivo móvel utilizado para iniciar uma transação pix, visando reduzir os riscos de fraude.
É fundamental ficar atento a possíveis golpes que possam ser realizados por agentes maliciosos que se utilizam de técnicas de engenharia social para obter informações pessoais dos usuários do pix. Portanto, é essencial adotar medidas de segurança adicionais para se proteger contra qualquer atividade fraudulenta e garantir a integridade das transações realizadas por meio do pix.
Medidas de Segurança Contra Fraude no Pix
Desde 1º de novembro deste ano, quando uma transação é realizada a partir de um dispositivo não cadastrado, o valor limite estabelecido é de até R$ 200 por operação, sem ultrapassar o limite diário de R$ 1.000. Em outras palavras, para transações que excedam esses limites, o dispositivo de acesso deve ter sido previamente registrado pelo cliente. A exigência de cadastro se aplica somente a dispositivos de acesso que nunca foram usados para iniciar uma transação ou quando o indivíduo deseja usar uma chave diferente.
Essa medida visa reduzir a possibilidade de fraudes, onde o agente malicioso obtém, por meio de roubo ou engenharia social, as credenciais, como login e senha, das vítimas. Isso dificulta a fraude em que o fraudador consegue acessar dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações no Pix.
Durante o período de janeiro a maio de 2024, o Banco Central recebeu 1,6 milhão de solicitações de reembolso de transações realizadas via Pix devido a suspeitas de fraudes, representando 64% de todas as solicitações feitas em 2023. Os pedidos são processados através do MED – Mecanismo Especial de Devolução, um sistema implementado em 2021 para facilitar estornos em casos de fraudes ou falhas operacionais no Pix.
A Resolução nº 402 do BC também determina que as instituições que oferecem o Pix devem obrigatoriamente: utilizar soluções de gerenciamento de risco de fraude que incluam informações de segurança armazenadas no Banco Central e sejam capazes de identificar transações Pix suspeitas ou não alinhadas com o perfil do cliente; disponibilizar, em canais eletrônicos de fácil acesso aos clientes, orientações sobre as precauções a serem tomadas para evitar fraudes.
Além disso, os participantes devem verificar, pelo menos a cada seis meses, se seus clientes estão marcados por fraudes na base de dados do BC. Espera-se que esses participantes tratem de maneira distinta esses clientes, seja encerrando o relacionamento ou estabelecendo limites de tempo diferenciados para autorizar transações iniciadas por eles, além de bloqueios preventivos para transações recebidas.
De acordo com um estudo da Data Rudder, empresa especializada em soluções de análise de dados para o setor de prevenção à fraude, entre os usuários do Pix que caem em golpes, 37% mudam de banco após o incidente. Outros 31% afirmam que, após a fraude, a confiança na instituição financeira diminui.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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