A rede municipal tem 72 mil docentes, 741 mil alunos. Progressão de carreira, condições de trabalho e apoio aos professores são prioridades.
Professores da educação infantil e do ensino fundamental de São Paulo decidiram cruzar os braços nesta quinta-feira (14) em busca de valorização profissional e melhores condições de trabalho. O aumento salarial e a progressão na carreira são duas das principais reivindicações dos docentes neste momento de paralisação. A adesão dos professores à greve demonstra a insatisfação da categoria com a proposta de reajuste de 2,16% no piso salarial oferecida pela prefeitura.
A valorização dos educadores é fundamental para garantir uma educação de qualidade e impacta diretamente no desenvolvimento dos alunos. Os professores estão unidos em busca de reconhecimento e de condições dignas de trabalho, que impactam diretamente no ensino-aprendizagem. A greve é uma forma legítima de lutar por melhores salários e por uma carreira mais atrativa para os profissionais da educação.
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Professores Repudiam Modelo de Subsídio na Progressão de Carreira
A rede municipal conta com cerca de 72 mil docentes, que dão aula para mais 741 mil alunos. Já a prefeitura diz que a paralisação atinge apenas 3% das cerca de 1.500 escolas da cidade. Além do reajuste, a categoria defende o fim do pagamento por subsídio.
Atualmente, aqueles que ganham acima do piso recebem os valores adicionais por meio desse regime, ou seja, esses valores não são incorporados aos salários ou usados para calcular a aposentadoria. Uma das reivindicações dos professores é a de que 39% do valor, que hoje é pago como abono complementar ao piso, seja incorporado aos salários.’Essa política de pagar o professor com subsídio é uma política de desvalorização.
Docentes Reivindicam Melhores Condições de Trabalho e Apoio Especializado
O professor não tem possibilidade de progredir na carreira, não tem assegurado o direito de ter os aumentos incorporados ao salário’, diz Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal). Eles também reivindicam que a prefeitura altere as regras da reforma previdenciária, que elevou a contribuição dos aposentados para 14% sobre o valor que excede o piso do magistério – antes a cobrança era feita em cima do teto do INSS. Os docentes também reivindicam melhores condições de trabalho, sobretudo no que se refere à educação especial para alunos com deficiência.
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Fonte: © Notícias ao Minuto
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