Empresa japonesa de automóveis enfrenta crise global, mas sua linha de montagem de veículos elétricos, incluindo motores e inverters, continua bem no Brasil com uso de inteligência artificial.
A montadora japonesa Nissan está correndo contra o tempo para reverter sua situação econômica crítica, com alguns executivos alertando que a empresa pode encerrar suas operações em 14 meses se não encontrar uma solução rápida para suas dificuldades financeiras.
A Nissan, fundada em 1933 no Japão, é uma das principais montadoras mundiais e tem uma forte presença no mercado brasileiro. No entanto, a crise econômica global e a concorrência acirrada com outras marcas japonesas têm pressionado a empresa a reavaliar sua estratégia de negócios. Alguns especialistas temem que a Nissan possa seguir o caminho da montadora japonesa Nissan, que enfrentou uma crise semelhante nos anos 90 e só conseguiu se recuperar após uma reestruturação profunda.
Nissan enfrenta desafios e busca investidor para garantir sua sobrevivência
A montadora japonesa Nissan enfrenta uma crise de vendas nos Estados Unidos e na China, o que resultou em um prejuízo líquido de US$ 60 milhões no terceiro trimestre. Com o objetivo de reduzir seus custos e garantir sua sobrevivência, a empresa está negociando com investidores e considera a possibilidade de vender suas ações para a concorrente Honda.
A Nissan, uma das principais montadoras japonesas, está enfrentando um mercado em mudança, com uma queda nas vendas de veículos na região asiática. Além disso, a empresa enfrenta desafios em sua produção, com um ritmo de produção reduzido de cinco para quatro dias por semana, o que resultou em uma queda de 20% na produção. Com as medidas, a empresa estima economizar US$ 3 bilhões.
Para garantir sua sobrevivência, a Nissan busca um investidor âncora ou um acionista sólido de longo prazo, como um banco ou uma seguradora. Outra possibilidade seria a venda de suas ações para a concorrente Honda, ou até mesmo a substituição de parte de sua participação acionária na Renault. Esse movimento poderia levar à venda de parte das ações da Renault para a Honda.
A Nissan também é parceira da Honda, Mitsubishi e da própria Renault em projetos de desenvolvimento de carros elétricos. A empresa japonesa trabalha em projetos de software de gerenciamento e inteligência artificial, além de produzir componentes como baterias, motores e inversores.
O Brasil é outro mercado onde a Nissan opera, com uma fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, que tem capacidade para produzir 200 mil veículos por ano, além de motores. A marca comercializa modelos como o Nissan Kicks, March e Versa, e também importa veículos como a picape Frontier e o elétrico Leaf.
A participação da Nissan no mercado brasileiro tem oscilado entre 2% e 4% nos últimos anos. Em 2023, a empresa teve um desempenho de vendas muito superior ao do mercado automotivo nacional, com 72.558 veículos comercializados, registrando um crescimento de 35% nas vendas em relação a 2022. Em 2024, a Nissan investiu R$ 2,8 bilhões no Brasil, e no primeiro trimestre, a montadora registrou um crescimento de 30,7% nas vendas de veículos em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A Nissan conta com uma ampla rede de concessionárias no país, totalizando aproximadamente 180 pontos de venda. A empresa é líder em tecnologia automotiva, trabalhando com inteligência artificial generativa para melhorar a gestão e a produtividade. Com soluções completas e personalizadas, a Nissan pode oferecer aos seus clientes veículos de alta qualidade, com recursos avançados em inteligência artificial e automação.
Fonte: @Baguete
Comentários sobre este artigo