Profissionais de saúde brasileiros fornecem informações sobre saúde. A entidade europeia atualiza recomendações de prevenção contra doenças cardiovasculares.
A Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) divulgou, em seu último congresso anual, realizado em Londres, novas diretrizes sobre o gerenciamento da pressão arterial, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações graves em longo prazo. A medida busca tornar mais eficaz o tratamento da pressão alta, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e estabelecer parâmetros mais precisos para o diagnóstico e o tratamento da doença.
Segundo especialistas, as novas diretrizes vão ser fundamentais para o gerenciamento da pressão arterial, pois vão estabelecer critérios mais claros para o diagnóstico e o tratamento da doença. Cada pessoa com pressão alta deve consultar um profissional de saúde para discutir o tipo de tratamento mais adequado para sua situação específica, considerando fatores como idade, sexo, e as atividades diárias. Com essas novas diretrizes, será possível melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas com pressão alta e prevenir complicações graves como doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.
Ampliação das Diretrizes de Pressão Arterial: Uma Analise Detalhada
A Sociedade Brasileira de Hipertensão, em conjunto com outras 23 entidades médicas, divulgou atualizações significativas nas diretrizes de pressão arterial no país. Essa atualização foi necessária devido a novas evidências científicas, que justificam mudanças nas recomendações de 2018. A pressão arterial é um fator essencial na saúde humana, e sua manutenção dentro dos valores normais é crucial para evitar danos a saúde.
A pressão arterial normal é considerada quando os valores são inferiores a 120/70 mmHg. A hipertensão é detectada quando a pressão arterial aumenta para 140/90 mmHg ou mais. No entanto, com a atualização, uma nova categoria foi estabelecida: pressão elevada, quando a pressão sistólica (o primeiro valor da medida) varia entre 120 e 139 mmHg, ou a pressão diastólica (o segundo valor) fica entre 70 e 89 mmHg. Essa inclusão visa prevenir danos futuros em indivíduos que anteriormente eram considerados de baixo risco.
A prevenção e o controle da pressão arterial elevada são fundamentais e podem ser alcançados com mudanças no estilo de vida. Essas medidas incluem redução de peso corporal, cessação do tabagismo, controle do consumo de sódio e aumento do consumo de potássio através de uma dieta rica em vegetais. A realização de atividades físicas regulares, tanto aeróbicas quanto de força, também tem mostrado benefícios no controle da pressão arterial. Além disso, manter níveis aceitáveis de colesterol e glicemia é essencial, especialmente para pacientes com risco de desenvolver diabetes.
A pressão arterial elevada não é apenas um problema para os jovens, mas também um desafio para os idosos e pacientes com doenças cardiovasculares estabelecidas, diabetes ou insuficiência renal moderada a grave. Nesses casos, as medidas de prevenção e controle precisam ser ainda mais rigorosas para reduzir o risco de eventos cardíacos e acidentes vasculares cerebrais. Para aqueles que já tratam a hipertensão, a diretriz estabelece que o alvo da pressão arterial sistólica deve ser entre 120-129 mmHg, desde que o paciente tolere bem o tratamento.
O reconhecimento da ‘hipertensão do jaleco branco’, uma condição em que a pressão arterial sobe somente durante a consulta médica, também foi abordada nas diretrizes. A importância do monitoramento domiciliar da pressão arterial foi destacada, pois pode ajudar a excluir esse viés e ainda a identificar casos de hipertensão mascarada.
Além disso, a atualização mencionou a necessidade de considerar exames adicionais, como o MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial), para ajudar a diagnostico e tratamento da pressão arterial.
Os profissionais de saúde devem ser conscientes dessas mudanças e trabalhar de forma coordenada para promover a saúde cardiovascular dos pacientes.
Fonte: @ Veja Abril
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