O real brasileiro perdeu valor na dinâmica econômica global, especialmente em 2024, com taxa de juros mais alta do que em outros países em desenvolvimento, impactando a política monetária.
Desse modo, com o avanço da pandemia, o valor do dólar subiu de R$ 4,39, em fevereiro de 2020, para R$ 5,99, no final da semana, uma alta de aproximadamente 36%.
Ao serem comparados com a cotação do início da pandemia, em 13 de março de 2020, os dolares valeriam cerca de R$ 5,92, ou seja, um aumento de aproximadamente 1% em relação ao pico da crise sanitária.
Desvalorização do Real: Um Desempenho Pior em Relação ao Dólar
Em 2023, o real brasileiro já se desvalorizou 18,86% em relação à moeda americana, uma taxa de desvalorização mais acentuada do que a das moedas de 23 países emergentes classificados pelo índice Morgan Stanley Capital International (MSCI). De acordo com o MSCI, essas moedas, em média, se desvalorizaram apenas 0,31% em relação à moeda americana no mesmo período. No entanto, é importante notar que o MSCI é composto majoritariamente por moedas asiáticas, como a moeda chinesa, o novo dólar taiwanês e a rúpia indiana, que têm uma dinâmica econômica bem diferente do real brasileiro.
O desempenho das moedas da América Latina não está muito distante do real, no entanto. Um estudo da Quantum mostra que o peso mexicano, uma moeda semelhante à brasileira, caiu 17,98%, enquanto o peso colombiano registrou desvalorização de 12,10%. Mas por que isso está acontecendo? É natural que, em um ambiente de juros mais altos em países desenvolvidos, as moedas das nações em desenvolvimento saiam perdendo, pois o investidor começa a ponderar mais o risco de deixar o seu dinheiro nestes países, já que seu dinheiro passa a render mais em países mais seguros.
A política monetária americana também está influenciando a valorização do dólar. Embora o Federal Reserve tenha iniciado o ciclo de corte dos juros em setembro, com um corte de 0,50 ponto percentual, seguido por outro de 0,25 ponto percentual em novembro, as taxas de juros americanas ainda estão em patamares historicamente elevados. Além disso, a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos joga incertezas sobre se esse ciclo de corte dos juros deve desacelerar, o que manteria o fluxo de investimentos para países desenvolvidos.
O cenário dentro de casa também está pesando na desvalorização do real. À medida em que os EUA adiaram o ciclo de corte dos juros, e agora com Trump, podem deixar suas taxas de juros mais altas por mais tempo, investidores começaram a olhar mais para dentro de cada país. Os temores de que a dívida do Brasil piore voltaram à tona, e em um ambiente de incerteza, os investidores começaram a vender a moeda brasileira.
Outro fator que está contribuindo para a desvalorização do real é a política econômica interna. A falta de investimentos em infraestrutura e a alta inflação estão afetando a economia brasileira, o que está levando a uma perda de confiança por parte dos investidores. Além disso, a instabilidade política também está contribuindo para a desvalorização do real.
Em resumo, a desvalorização do real brasileiro está sendo influenciada por uma combinação de fatores, incluindo a política monetária americana, a política econômica interna e a instabilidade política. É fundamental que o governo brasileiro tome medidas para estabilizar a economia e aumentar a confiança dos investidores para que a moeda brasileira possa se recuperar.
Taxa de Juros e Desvalorização da Moeda
A taxa de juros é um dos principais fatores que influencia a valorização ou desvalorização da moeda. Em um ambiente de juros mais altos em países desenvolvidos, as moedas das nações em desenvolvimento tendem a se desvalorizar. Isso ocorre porque o investidor começa a ponderar mais o risco de deixar o seu dinheiro nestes países, já que seu dinheiro passa a render mais em países mais seguros.
A política monetária americana também está influenciando a valorização do dólar. Embora o Federal Reserve tenha iniciado o ciclo de corte dos juros em setembro, com um corte de 0,50 ponto percentual, seguido por outro de 0,25 ponto percentual em novembro, as taxas de juros americanas ainda estão em patamares historicamente elevados. Além disso, a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos joga incertezas sobre se esse ciclo de corte dos juros deve desacelerar, o que manteria o fluxo de investimentos para países desenvolvidos.
Cenário Econômico e Desvalorização da Moeda
O cenário econômico dentro de casa também está pesando na desvalorização do real. À medida em que os EUA adiaram o ciclo de corte dos juros, e agora com Trump, podem deixar suas taxas de juros mais altas por mais tempo, investidores começaram a olhar mais para dentro de cada país. Os temores de que a dívida do Brasil piore voltaram à tona, e em um ambiente de incerteza, os investidores começaram a vender a moeda brasileira.
Além disso, a falta de investimentos em infraestrutura e a alta inflação estão afetando a economia brasileira, o que está levando a uma perda de confiança por parte dos investidores. A instabilidade política também está contribuindo para a desvalorização do real. É fundamental que o governo brasileiro tome medidas para estabilizar a economia e aumentar a confiança dos investidores para que a moeda brasileira possa se recuperar.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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