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A polícia suspeita que Julia furtou as pistolas e repassou-as, com intenção de roubar, após a morte.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro está em busca do paradeiro de duas armas que eram de propriedade do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, 45 anos, cujo corpo foi encontrado sem vida em seu apartamento na capital fluminense no dia 20 de maio.
A investigação sobre o sumiço das armas segue em andamento, com autoridades tentando desvendar o mistério que envolve o desaparecimento desses armamentos. A suspeita é de que as armas de fogo possam ter sido utilizadas no crime, levantando questões sobre a segurança e o controle de pistolas no estado do Rio de Janeiro.
Investigação sobre o Paradeiro das Armas de Fogo
Uma das possibilidades levantadas pela polícia é que Julia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, principal suspeita do homicídio, tenha subtraído as pistolas que estavam guardadas no apartamento de Ormond. Os investigadores estão averiguando se ela teria repassado os armamentos ou fugido com eles. Julia, que está com mandado de prisão em aberto e é considerada foragida por homicídio, teria tido a intenção de roubar os pertences do empresário para quitar uma dívida de R$ 600 mil com outra mulher.
Para os agentes, Julia teria misturado comprimidos de morfina em um brigadeirão com o intuito de matar Ormond, com quem mantinha uma relação, visando roubar seus bens. A Polícia Civil já conseguiu recuperar o carro de Ormond, assim como seu computador e celulares.
Delegado Preocupado com o Paradeiro das Armas
‘Devo me preocupar, ao longo da semana, com a localização dessas armas, que podem estar, ou não, na posse de Julia’, afirmou o delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP (Engenho Novo), em declaração aos jornalistas na porta da delegacia nesta segunda-feira (3).
Uma das linhas de investigação sugere que Suyany Breschak, que realizava trabalhos espirituais para Julia, possa ter recebido as armas em questão. Suyany encontra-se detida preventivamente desde a semana anterior por suspeita de homicídio, sendo apontada pela polícia como alguém que tinha conhecimento dos planos de Julia.
Desdobramentos da Investigação
A defesa de Suyany, representada pelo advogado Etevaldo Viana Tedeschi, afirmou que sua cliente não teve envolvimento no crime e alegou desconhecer o paradeiro das armas. Durante seu depoimento, Suyany revelou que Julia lhe devia R$ 600 mil.
O carro de Ormond foi furtado e levado para o namorado de Suyany, em Cabo Frio, a fim de abater R$ 75 mil da dívida. O namorado de Suyany acabou sendo preso por receptação, e com ele foram encontrados o celular e o computador do empresário, mas as armas não foram localizadas.
O ex-marido de Suyany, Orlando Ianoviche, apresentou à polícia uma suposta troca de mensagens em que ela oferecia as armas e o carro a um possível comprador. No entanto, o interlocutor demonstrou interesse apenas pelo veículo. Ianoviche afirmou ter recebido a reprodução da conversa anonimamente, o que será investigado pela polícia.
Novos Depoimentos e Descobertas
Nesta segunda-feira, um funcionário da farmácia onde Julia teria adquirido sulfato de morfina prestou depoimento. Ele confirmou a compra de Dimorf quase duas semanas antes do falecimento de Ormond.
A principal hipótese sobre a morte do empresário é de que Julia teria moído 50 comprimidos em um brigadeirão consumido por ele. Embora o laudo do IML não tenha confirmado essa possibilidade, resíduos achocolatados foram encontrados no sistema digestivo da vítima.
O delegado Buss, em entrevista ao programa Fantástico da TV Globo, mencionou que Julia estaria buscando uma união estável com a vítima. ‘Nós temos elementos que a Julia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união.’
Fonte: © Notícias ao Minuto
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